Últimas indefectivações

domingo, 2 de abril de 2017

Dia de verdade

"Há sete finais que se aproximam. Os primeiros e os últimos 20 minutos do Benfica de ontem geram esperança e muita fé acrescida.

Ontem, num Estádio da Luz com um ambiente extraordinário, o Benfica manteve a liderança e o Futebol Clube do Porto não perdeu a esperança. Ontem no final do dia das mentiras assistimos a um final de um dia que mostrou de verdade a qualidade do futebol português. O Benfica merecia ganhar. O Futebol Clube do Porto, como se constatou nos últimos minutos, quis empatar. Uma vez mais Casillas teve uma noite de gala em relvados de Portugal. Mas importa referenciar ainda Carlos Xistra. Mostrou que sabe combinar experiência com paciência. Mostrou que conhece os jogadores. E cada um deles percebeu que se tinha que empenhar apenas no jogo e não nos sobressaltos da partida. No final, no final mesmo, o Benfica continua a depender apenas de si próprio. E a equipa de Nuno Espírito Santo já só depende de terceiros. O que é o facto principal que resulta do final do jogo da Luz. Em que a verdade do futebol jogado e do futebol pensado pelos treinadores importa ser realçado e sublinhado. Já que é desta forma que os estádios se enchem. Com a certeza que cada adepto gosta de assistir a jogos com esta emoção e com este fervor. Com esta entrega e com esta disputa. Com a consciência que no final há uns desiludidos e outros comedidos. E há outros que no seu dia de anos partem, com alegria contida, para uma ceia compensadora. Sabendo que há sete finais que se aproximam. Mas com a certeza que os primeiros e os últimos vinte minutos do Benfica de ontem geram esperança. Muita esperança. E logo fé acrescida!
(...)

Se faltam sete jornadas para o final da Liga principal falta nove para o apito derradeiro da Liga 2. E importa acompanhar, com algum cuidado, esta Liga. Não só pelos dois que ascendem ao futebol que proporciona receitas televisivas significantes - quase que um múltiplo de dez em relação a esta Liga 2! - como, igualmente, pelos quatro clubes que descem directamente ao denominado Campeonato de Portugal - de verdade a antiga terceira divisão! - como, ainda, pelos dois clubes que vão disputar a permanência com os segundos classificados de cada uma das zonas de subida daquele campeonato. E se é claro que o Portimonense já subiu e o Olhanense já desceu - boa e má notícia para o Algarve - é notório que a disputa pela não descida envolverá quase dois terços dos clubes participantes naquela liga que tem como principal patrocinador uma empresa chinesa. A disputa vai ser dura. Nos relvados e fora deles. E sabem que desde o Leixões - penúltimo classificado - ao Penafiel e ao Gil Vicente - em 10.º e 11-º lugares - a diferença é de doze pontos. Com vinte e sete pontos em disputa e em discussão. Mas importa olhar com muita atenção para estes jogos finais. Sabendo que há interesses cruzados em alguns clubes. Conhecendo, de experiência sentida, que a pressão de grupos de apostadores pode perturbar consciências e, até seduzir alguns ingénuos ou pretensamente ingénuos. E tudo com a consciência que não sendo uma Liga vista tudo poderá ser mais fácil. E, aqui, convém sublinhar, e evidenciar, as acções que as autoridades de investigação estão a desenvolver o que demonstra, à saciedade e à sociedade, que há comportamentos não tolerados e que há conluios que estão a ser fiscalizados e a ser objecto de cuidada avaliação. Ou seja, temos a consciência que o direito está a vencer o torto e que nem só o que é muito visto é que existe! Os sinais que o Ministério Público e a Polícia Judiciária assumiram esta semana merecem público reconhecimento. Não podendo valer aqui a reflexão de Aristóteles: «O reconhecimento envelhece depressa»! O que importa é que tudo se jogue só nos relvados. E que tudo o que se tente jogar fora deles seja perseguido. Por todas as entidades. As deste Estado e as desportivas. Sabendo que estas podem aproveitar os meses próximos legislarem acerca de situações bem específicas, por demasiado liberais, do nosso futebol, em particular do futebol profissional!"

Fernando Seara, in A Bola

Sinais da bola

"SOS presidencial
Marcelo Rebelo de Sousa deitou olhar romântico ao clássico e sugeriu que os adeptos terminassem abraçados. O senhor presidente diz sempre coisas com todo o sentido, mas o mundo do futebol nem sempre corresponde àquilo que queremos ou desejamos dele.

Tu por aqui, Maxi?
Quatro jogos frente ao Benfica, dois empates e duas vitórias para Maxi. O uruguaio voltou à Luz para sinalizar o momento mais misterioso da noite. O que fazia ele no coração da área do Benfica aos 50 minutos de jogo?! Uma questão sem resposta...

Ganhou o árbitro
A discussão do clássico vai prosseguir ao longo da semana, mas de certeza que os comentários desta vez não vão incidir deforma tão persistente e cruel sobre o árbitro. Num jogo que terminou empatado, Carlos Xistra deixou a Luz como um dos grandes vencedores da noite...

Baliza de estrelas
Casillas tem carreira longa e afortunada e na Luz recuperou os momentos altos que o projectaram tão longe, mas a estrela da baliza não incidiu apenas nele. Ederson brilhou a grande altura e a saída corajosa aos pés de Soares fica registada como instante superior.

O canal vermelho
Ser isento é um dever essencial para qualquer jornalista, mas nem sempre esse princípio é aplicado. O que aconteceu ontem na BTV foi exemplo de como é possível, mesmo num canal oficial de um clube, aplicar esse básico conceito de neutralidade."

Carlos Vara, in A Bola

Excelente clássico

"Bom jogo de ambas as equipas. Benfica merecia mais do que um golo. Liga por decidir.

Benfica rápido, FC Porto lento
1. Grande entrada do Benfica a empurrar o FC Porto para perto da sua área e a não permitir que a equipa de NES saísse para o contra golpe pela forte e agressiva capacidade de interpretar o primeiro tempo de defesa - transição defensiva exímia - pelos seus motivados jogadores. Os primeiros 18 minutos mostravam que a equipa visitante teimava em permanecer numa profunda letargia incapaz de reagir ao ambiente hostil que a Luz lhe reservou e o Benfica rápido, dominador, criativo, saltou para cima do seu titubeante adversário e foi importunando com insistência a baliza dum inspirado Casillas, e o golo aconteceu.

Espírito Santo não arrisca
2. Um FC Porto atordoado, nervoso e incapaz de ter bola para mostrar uma ideia de jogo, vacilava e permitia que o campeão adquirisse níveis elevados de confiança e o seu jogo enleante, escorreito, feito de combinações repetidas criava pânico. Percebiam-se as intenções de NES em colocar três homens no meio campo, deixando Soares encostado aos centrais benfiquistas com o apoio de André André, Brahimi e Corona. Esta estrutura já tinha dado frutos em anteriores ocasiões (Bessa...) e a aposta parecia oferecer garantias de permitir um controlo dos acontecimentos e diminuir a imprevisibilidade inerente ao jogo, sem perder ambição atacante. As intenções eram claras e compreensíveis - pese algumas críticas para um menor arrojo de NES - mas a dinâmica dos jogadores azuis e brancos deixava muito a desejar e só a partir dos 20 minutos a supremacia numérica dos portistas no meio campo começou a surtir efeitos práticos.
O jogo de Danilo e companhia assentou, o carrossel portista começava a engrenar e os da casa optaram por adoptar uma postura mais de espera e a sair rápido em transições ofensivas vertiginosas. O jogo equilibrava, com as equipas a assumirem diferentes posturas, a que não era alheio o resultado que desde cedo se verificava no jogo.
O recomeço do jogo mostrava que a tendência se mantinha, com André André e Óliver a assumirem as rédeas do jogo portista e a servirem com qualidade um inspirado Brahimi que travava com Nélson Semedo uma férrea batalha no corredor. O Benfica esperava organizado defensivamente o melhor momento para sair num ataque rápido e colocar a bola em Salvio ou Rafa, fortes e transitarem para a ofensiva e a criarem jogo para a habitualmente letal dupla de ataque formada pelo forte Mitroglou e por Jonas - sempre perigoso, sagaz e criativo.

Benfica manda
3. O FC Porto acreditou e tanto insistiu que o golo cedo apareceu trazendo alguma justiça ao marcador, depois da tal entrada menos conseguida na primeira parte. Esperava-se que o golo mantivesse o FC Porto vivo e protagonista na partida, mas o inverso aconteceu. O efeito positivo do golo durou escassos minutos para os dragões, que sentiram em demasia a reacção benfiquista e mais uma vez o jogo conhecia outro dono. Esta alternância no domínio do jogo pelas duas equipas, demonstrava bem os efeitos psicológicos dos golos e a importância que este jogo tinha para FC Porto e Benfica. A partir dos 65 minutos voltou o Benfica comandar as operações e a dispor de algumas flagrantes oportunidades para fazer pender para si o resultado de partida e ao FC Porto cabia o papel de esperar uma saída rápida para aproveitar alguma exposição especial de Luisão e companhia e incomodar um atento Ederson (e esteve prestes a acontecer por Soares). Não mais o resultado se alterou, parecendo mais satisfeito o FC Porto pelo resultado, mais inconformados os pupilos de Rui Vitória que pelo ressurgimento na partida mereciam um pouco mais do que o solitário golo do seu melhor jogador, Jonas. Excelente jogo de futebol protagonizado pelas duas equipas."

Daúto Faquirá, in A Bola

Tudo por decidir na luta pelo título

"Quem vai ser campeão nacional em 2016/17? Esta é a pergunta a que ninguém sabia responder antes do clássico de ontem e, disputados os 90 minutos entre águias e dragões, continua impossível alvitrar-se qualquer desfecho. O Benfica mantém um ponto de vantagem, mas a igualdade a uma bola remete um eventual desempate para a diferença ente golos marcados e sofridos, o que torna tudo ainda mais insondável. Perante as deslocações que aguardam encarnados (Moreirense, Sporting, Rio Ave, Boavista) e azuis e brancos (SC Braga, Chaves, Marítimo e Moreirense) e observando as virtudes e defeitos de cada equipa, que outra coisa pode ser dita, com bom senso e de boa fé, que não seja «tudo possível»?
Ontem, na Luz, nem Benfica nem FC Porto se mostraram confortáveis perante a responsabilidade do jogo. Os donos da casa começaram bem mas recuaram demasiado no terreno depois de terem chegado à vantagem e os forasteiros mal empataram abdicaram do bom futebol e mostraram-se satisfeitos com o empate. E as oportunidades do Benfica no forcing final tornam ainda mais incompreensível o calculismo com que encarou o período entre os golos de Jonas e Maxi.
Este jogo foi marcado por legítimas preocupações com a segurança e, pela informação disponível, não terão existido incidentes de maior (poucas detenções e uma ou outra intervenção policial mais questionável). Mas, na semana que antecedeu o clássico andaram a brincar com o fogo e um dia a coisa pode dar muito mau resultado.
(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

Dragão espera que sejam ouros a decidir

"Olhando para o jogo percebeu-se que só uma equipa quis de facto ganhar: o Benfica

O clássico que poderia decidir o campeão não trouxe, afinal, a estudo na mesma, graças a um empate que, olhando para aquilo que foi o jogo, parece ter deixado mais satisfeito Nuno Espírito Santo. Foi essa, pelo menos, a ideia que ficou de um encontro em que o FC Porto apenas foi superior enquanto esteve em desvantagem: antes do golo de Jonas o Benfica dominou, depois de Maxi Pereira (ironia das ironias) ter empatado os dragões acabaram mesmo, nalguns momentos às cordas, valendo-lhes - outra vez - Iker Casillas, que parece ter uma apetência especial para brilhar na Luz.
Sim, ao contrário daquilo que talvez muitos esperassem, foi superior a equipa de Rui Vitória durante boa parte dos 90 minutos. E sim, se houve alguém que mostrou querer de facto ganhar o clássico foi o Benfica, que tentou o segundo golo até ao último suspiro. Admite-se, por isso, a maior frustração evidenciada por treinador, jogadores e adeptos após o apito final do árbitro.
Mais estranho, talvez, o conforto (no mínimo) demonstrado pelo FC Porto por uma igualdade que, afinal, o deixa no segundo lugar. Só há uma explicação para isso: no Dragão existe uma fé inabalável de que o Benfica perderá até ao final a magra vantagem que lhe dá a liderança. É uma forma de olhar para as coisas, válida como qualquer outra. Mas talvez seja demasiado optimista. É até arriscada. Sim, é um facto que as águias ainda têm Alvalade e Vila do Conde, mas convém não esquecer que os dragões têm deslocações a Braga, a Chaves ou à Madeira, que não podem ser encaradas como jogos propriamente fáceis. São opções. O FC Porto tomou a sua. Veremos, no final, se corre bem."

Ricardo Quaresma, in A Bola

Tóxico-clássico

"Troquemos a palavra homicídio no original: temos assistido a uma tentativa de intoxicação por meios audiovisuais

Estava certamente longe de imaginar Mário Jardel, esse verdadeiro pescador de algumas das maiores pérolas do futebol falado, como acertaria em cheio na definição do clássico de amanhã quando proferiu o célebre: "Clássico é clássico e vice-versa". Ao brasileiro, que em Portugal deixou um rasto de devastação de adversários como poucos, é também creditada a frase "quando o jogo está a mil, a minha naftalina sobe", que será mais ou menos aquilo que sentirão jogadores e adeptos à medida que se aproxime o pontapé de saída para o anunciado jogo do título (com adrenalina no lugar de naftalina...). E por isso mesmo sublinhou ontem Nuno Espírito Santo ser importante o controlo das emoções. Só que não será fácil - para os jogadores e todos os outros, incluindo os adeptos. Ou principalmente estes, alvo de uma campanha de intoxicação nos últimos dias. E nem a paragem para a Seleção serviu de trégua. Pelo contrário...
Nesta dita era da informação, reina a... contrainformação. O que nos devolve a Jardel e à sua profecia - há o clássico, que será jogado no relvado, e vice-versa, o seu contrário e que tem estado a decorrer há muito, nos gabinetes, televisões, internet e departamentos de comunicação. Em Espanha, noticiava-se ontem que o presidente do Real Madrid pagara 300 mil euros para que um falso diário digital fizesse propaganda a favor dos seus interesses; por cá, acusam-se funcionários de FC Porto e Sporting de se passarem por terceiros em fóruns radiofónicos. E isso tem impacto em certos canais e jornais... Nesta era das redes sociais, é difícil distinguir informação de mera intoxicação. Controlar as emoções será fundamental, mas Jardel é que estava certo. Há o clássico e a sua vice-versa!"

Cadomblé do Vata

"1. O SLB é sempre engolido nos jogos contra os grandes; o Luisão está velho; Jonas só marca aos Tondelas... os estereótipos benfiquistas estão cada vez menos parecidos com a realidade do que o busto aeroportuário do Ronaldo.
2. O FCP esteve 40 minutos a defender o empate e no final festejou-o efusivamente... no Dragão estão a levar tão a sério a conversa de "meter pressão no líder" que agora até se recusam a tentar passar para a frente da classificação.
3. A menos que o SLB meta água num jogo contra um dos pequenos, o resultado de ontem deixa o FCP sentado no sofá à espera de um brilharete lagarto contra nós... a equipa de Nuno Espírito Santo é um marido à antiga: quando toca a tratar da lida da casa, sai de fininho e deixa todo o trabalho para a mulher.
4. Empatar em casa com FCP e perder a possibilidade de aumentar a vantagem pontual é um mau resultado, isto mesmo apesar dos últimos 15 dias de comentarismo... confesso que houve por aí muito bom génio do comentário televisivo, que esteve bem perto de me convencer que tudo o que fosse derrota por menos de 0-8 era positivo.
5. Depois de se ter exibido em alto nível contra o Sporting, Rafa voltou a estar em plano elevado contra o FCP... acho que a chave do Tetra está em convencer o ex. bracarense que Moreirense, Marítimo, Estoril, Rio Ave, Guimarães e Boavista também são candidatos ao título."

Indigentes de luxo

"Logo na pré-história do jornalismo, a imprensa tomou-se de amores pela peculiar figura do indigente de luxo. Até o torrencial escritor Victor Hugo constatou, inconformado, a rendição dos jornalistas do século XIX francês perante essas figuras triunfais, sem fontes de rendimentos atribuíveis, a quem chamava "indigentes de luxo" entre outras coisas. "Os indigentes de luxo fulguram em manchetes de jornais", escreveu Hugo, que apesar do seu indisputado génio de romancista, não compreendia como se podia emprestar crédito e respeitabilidade a essa gente "que se utiliza das leis em falência" para somar o bem-estar à celebridade do momento. Felizmente passaram-se já 200 anos sobre esta horripilante fraqueza social. A inelutável marcha da civilização colocou os indigentes de luxo - estes, sim, ainda existem - no lugar devido. Nas mil vertentes tecnológicas e analógicas, com que o autor de "Os Miseráveis" nunca sonhou, a imprensa de hoje pode dedicar-se livremente a temas bem mais elevados em prol da informação, da consciencialização cívica dos seus seguidores e do bendito progresso da sociedade sem o qual, refiro-me ao bendito progresso,continuariam, sabe-se lá por quantos mais séculos, os párias de luxo a fulgurar em manchetes de jornais. E de telejornais. E até no cabo.
Perdoem-me a despropositada evocação do que era moderno no velhíssimo século XIX e da incredulidade de um romancista perante as vénias com que ainda titubeante imprensa do seu tempo saudava aqueles que, "enjaulando nas próprias garras a justiça que os não alcança", petiscavam requintes de Estado sem nunca mexer uma palha. Passou-se na França de Victor Hugo, há 200 anos. 
Cá pelo nosso país, diga-se, nunca houve disto. Cá pelo nosso país o que vai haver, já esta noite, é um jogo de futebol, que se adivinha renhidíssimo, entre as duas equipas que lutam pela conquista do título de campeão nacional. Como assunto, com franqueza, também não é do outro mundo. Todos os anos desde que a prova existe, é disputado, mais ou menos por esta altura, um jogo renhidíssimo entre as equipas que discutem o troféu. Logo se verá quem ganha o jogo. E logo se verá se as fulgurantes manchetes da semana transacta servirão para alguma coisa que possa, daqui a 200 anos, ser apontada às gerações vindouras como exemplo acabado de uma pré-história qualquer."

Passar o resto da noite em posição fetal, a repetir mentalmente: “Dependemos apenas de nós”

"Ederson
Mais uma exibição com tiques de divindade. O melhor guarda-redes do mundo com cara de quem trabalha numa empresa de mudanças. Destacam-se as defesas aos 36 minutos, a remate de Brahimi, e uma saída aos pés de Soares, um dos bons avançados do futebol português com cara de quem trabalha numa empresa de mudanças.

Nélson Semedo
Assumiu, como é seu hábito, a responsabilidade de conduzir o flanco direito da equipa e cortar as vazas ao adversário directo, primeiro Brahimi, depois Diogo Jota. Permitiu algumas investidas a ambos, mas foi levando a melhor na maioria dos duelos, tendo por isso sido premiado com uma estalada de Diogo Jota. Acima de tudo, não é o Maxi Pereira.

Luisão
Excelente exibição do capitão. Saiu do relvado com um Tiquinho no bolso para mais tarde recordar e só lhe faltou mesmo marcar um golo, ele que adora decidir nestes jogos grandes. Felizmente, ainda vamos a Alvalade.

Lindelof
Os níveis de concentração e agressividade acima da média demonstrados na primeira parte não foram suficientes para evitar que um uruguaio malcriado surgisse, aos 50’, isolado no seu raio de acção, pronto para mandar calar o estádio que fez dele o homem sem verruga que é hoje.

Eliseu
Entendeu-se lindamente com Rafa na primeira parte, tendo anulado quase todas as iniciativas do Porto pelo seu lado. A malta chama-lhe gordinho, mas Eliseu é hoje um jogador em crescendo que se alimenta das piadas dos haters para provar que aquele lugar à esquerda é merecidamente seu. Alimenta-se das piadas dos haters e de uma boa fraldinha de porco.

Samaris
Aos 3 minutos já tinha mandado uma fruta a Alex Telles, numa clara tentativa de conquistar os adeptos da casa mais pela atitude do que pelo futebol jogado. Mostrou-se melhor a defender do que tem sido habitual, com mais sangue na guelra e mais pé na canela. As saídas de bola passaram quase sempre por si, tendo alternado saudavelmente entre passes conservadores para os colegas mais próximos e alguns movimentos de rutura que culminariam nos pés de adversários. É complicado. Aquilo que faz bem raramente nos enche as medidas; aquilo que faz mal costuma ser extremamente irritante.

Pizzi
Joga que se farta, mas os adeptos entendem que não tem o glamour de outros médios ofensivos, os mesmos adeptos que comem lasanha do Lidl no restaurante italiano e vão dar os parabéns ao chef. Não tem o glamour, mas impôs ordem no jogo, a defender e a atacar. Soube evitar o amarelo, distribuindo carinho apenas quando Carlos Xistra lhe dizia "vá, só mais uma".

Salvio
A ideia era boa.

Rafa
Até foi das suas melhores exibições, em especial no apoio defensivo. Já a atacar leva-nos do céu ao desespero em poucos segundos. Se o seu cérebro fosse um campo de futebol, diríamos que continua a pecar no último terço do terreno.

Jonas
Quase se lesionou após agressão de Nuno Espírito Santo sem bola, mas recuperou a tempo de cavar um pénalti e inaugurar o marcador. Já na segunda parte teve oportunidade de colocar o Benfica novamente em vantagem, mas Casillas defendeu e, portanto, vamos todos passar o resto da noite em posição fetal a repetir mentalmente que dependemos apenas de nós.

Mitrolgou
Obrigou Casillas à defesa da noite, provando assim que esteve em campo.

Cervi
Fez o que pôde numa fase do jogo em que já havia mais coração do que cabeça, e toda a gente sabe como estes jogos em casa contra equipas pequenas às vezes se complicam.

Carrillo
Meia dúzia de minutos em campo e um remate para o terceiro anel do qual até ele se riu."

Benfiquismo (CDXXV)

O caminho...

Rescaldo na BTV...

Vermelhão: no Benfica não existe títulos por antecipação!!!

Benfica 1 - 1 Corruptos


A noite já vai longa... por isso vou ser curto!
Mais uma vez, tal como o ano passado fomos melhores, mas não conseguimos ganhar... e não foi mérito do adversário, foi aselhice nossa!!!
Ouvindo ou lendo as diversas antevisões para este jogo, parecia um jogo entre os Campeões por encomenda (os Corruptos) e os coitadinhos dos Tricampeões!!! Quase nem valia a pena jogar... o Benfica se perdesse por poucos, já podia ficar satisfeito...!!!
Dentro do relvado... aconteceu o inverso!!! E com uma equipa satisfeita com um empate, que a deixa, a depender de terceiros...!!!
Eu não sou ingénuo, e isto de depender de 'terceiros para os Corruptos é algo que lhes dá tranquilidade, porque tal como na época anterior, as sete Finais do Benfica nas últimas sete jornadas, vão ser sete Finais da 'Champions' para todos os nossos adversários... e as sete Finais dos Corruptos, vão ser sete 'passeios', tal como aconteceu aos Lagartos o ano passado (só tenho alguma esperança no jogo dos Barreiros... por uma questão de tradição!!!).
O Benfica entrou muito melhor, pressionante, e sem deixar os Corruptos jogar... é verdade que nos faltou quase sempre o 'último passe', mas estávamos por cima... Os Corruptos reagiram com 'posse de bola' inoperante (no Tugão, para alguns, nem devia haver balizas nos campos de Futebol!!!)...
Depois de fazer o 'impensável' (penalty contra os Corruptos e a favor do Benfica), o Xistra ficou com 'dúvidas' e até ao intervalo, lá foi 'empurrando' o Benfica para trás... mas mesmo assim, o Ederson só foi obrigado a fazer uma defesa... com o Rafa a ter provavelmente a melhor oportunidade, desperdiçado com um passe desastrado!!!
Mais uma vez, voltámos do intervalo a 'dormir', não foi a primeira vez que isso aconteceu esta época...!!! Uma perda de bola do Pizzi, e muitos ressaltos depois, golo dos Corruptos, no primeiro remate à baliza (bola corrida)...
O Benfica reagiu bem, e teve as melhores oportunidades da partida nos minutos seguintes... mas os ressaltos, foram sempre ao contrário...
A equipa foi ficando cansada, algo normal... e os últimos minutos, foram menos frenéticos, com os Corruptos a fazerem anti-jogo...!!!
Destaco a dupla Samaris/Pizzi, tiveram muito bem na pressão, talvez o melhor jogo do nosso meio-campo!!! O Jonas, na minha opinião devia ter sido substituído...
A época que nos queremos que seja do Tetra, está a ser 'sufocante': ainda não jogámos uma jornada, com todo o plantel disponível... além das lesões, os jogadores quando regressam das prolongadas lesões, levam tempo a recuperar o ritmo...; temos 'levado' com toda a pressão mediática Anti em cima... com efeitos claros dentro do campo...; na conferência de imprensa no final o treinador dos Corruptos, inadvertidamente fez um enorme elogio ao Rui Vitória: pois, justificou as escolhas para o 11, com o facto de 9 dos 11 jogadores que escolheu não terem ido às Selecções, e portanto pode trabalhar com eles... pois bem, o Rui Vitória, teve 4 titulares disponíveis!!! E além disso, ainda recebeu como 'prenda' 3 jogadores condicionados das Selecções!!!
Os 'obstáculos' aparecem por todos os lados... Exigir neste momento, jogo bonito, fio de jogo... e afins, não percebe o 'milagre' do Benfica, neste momento ainda ser líder...!!!

Vão ser realmente 7 Finais... o ano passado, foram 10 e conseguimos, mas este ano o adversário tem mais armas fora do campo (veja-se o acesso fácil que os Super-Dragays têm aos balneários das equipas do Tugão, através do Jogo Duplo...!!!), e o Benfica continua a ter demasiadas baixas...
Não posso acabar sem falar do vergonhoso pré-jogo. Muito sinceramente, cada vez me apetece menos ir ao Futebol. Não vejo debates televisivos, só procuro as crónicas do Benfica nos pasquins, para 'postar' aqui... mas mesmo assim, é impossível não sentir a 'intimidação'!!! Hoje, quando dizia aos amigos e a família que ia ver o jogo, chamavam-me 'maluco' era quase como ir voluntariamente para uma zona de guerra...!!!
Mesmo assim, tenho que dar os parabéns aos 'malucos' Benfiquistas, que foram ao Estádio, pois o ambiente esteve bom, apesar do resultado não ter sido o desejado!

Queremos voltar a festejar...

Benfica 6 - 2 Liceo da Corunha

Nem o 0-1 num Livre Directo 'manhoso' do Liceo, assustou... o Benfica é melhor, e ganhou!

Vamos defrontar o Reus nas Meias-finais, muito provavelmente em Reus (falta anunciar onde será a Final Four)! Equipa onde pontificam dois ex-Benfica...

Vitória... só faltam mais duas!!!

Benfica 3 - 0 Fonte do Bastardo
25-22, 25-18, 25-22

Apesar das ausências (Honoré, Lopes), vitória 'normal', o problema foi a 'branca' da semana passada!!!
Agora, amanhã, com as mesmas limitações, vamos para ganhar... e para ficar mais perto da Final

Empate em Belém

Belenenses 2 - 2 Benfica

Quando vejo o Belenenses jogar contra o Benfica, fico abismado com a classificação deles!!! Se jogassem sempre assim, tenho a certeza que estavam muito mais acima... mas pronto, é normal!!!
O Benfica chegou ao intervalo a vencer 0-2, podíamos ter aumentado a vantagem, não o fizemos, e acabámos por permitir o empate...

Eliminação em Pamplona

Anaitasuna 35 - 28 Benfica
(17-12)

Seria teoricamente complicado, a derrota acaba por ser normal, os Alemães e Espanhóis no papel são mais fortes... mas ficará sempre a dúvida, se com o Ales (muito importante na defesa) a história seria diferente... Terminar o grupo de 4, com 3 equipas empatadas na liderança, e depois ser eliminado pela diferença de golos é frustrante...!!!

A opção de fazer a viagem de autocarro foi bastante discutível!!!

Derrota em Ílhavo !!!

Illiabum 79 - 76 Benfica
21-23, 16-21, 16-16, 26-16

Depois da vitória na Taça da semana passada, sem lesionados (finalmente), pensei que as 'brancas' tinham passado: enganei-me!!! Desta vez com o Hollis (que tem tem sido o nosso melhor e mais consistente jogador) a fazer um jogo desastrado...!!!

Juniores - 6.ª jornada - Fase Final

Benfica 3 - 0 Belenenses

Duarte, Ramirez, Baldé, Nuca, Jorginho; Mendes; Soares; Lourenço, Dias, Tavares; Kenedy

Jogo curioso, com 3 jogadores do Benfica emprestados ao Belém, a fazerem claramente a diferença... Com um Belenenses que está a lutar pelo título, um Benfica 'atrasado'!!!

Marcámos cedo de bola parada, e depois soubemos gerir as transições... A equipa tem melhorado, alguns dos jogadores têm aproveitado para evoluir... Pessoalmente, a 'surpresa' ultimamente tem sido o Diogo Mendes que deu claramente um 'salto'!!!