Últimas indefectivações

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

No bom caminho...

Benfica 36 - 33 Karlskrona
18-13

Boa 1.ª parte, mas na parte final do 2.º tempo, arriscámos deitar tudo a perder! As ausências, encurtam a rotação, mas não havia necessidade...

O jogo na Hungria, vai decidir a qualificação, e na Luz ganhámos por 13 !!!

Liderança reforçada...

Leões Porto Salvo 1 - 2 Benfica

Vitória sobre o 2.º classificado, fora de casa, sem o Gugiel e o Silvestre ambos expulsos na jornada anterior! Podia ter sido mais descansado, com a expulsão do André Sousa, tivemos 2 minutos em superioridade mas quem esteve mais perto de marcar foi o Leões... e ainda desperdiçamos um Livre de 10 metros!!!

A construção das narrativas e como tudo se molda à sua imagem.


"Desde a famigerada reunião do Hotel Altis, que eu não me cansarei de apontar como a maior manobra criminal da história do futebol português, onde os nossos rivais, de forma cúmplice se uniram para nos derrubar recorrendo ao crime organizado para o fazer, com a complacência e cumplicidade de alguns benfiquistas, que as narrativas seguem uma ordem cronológica do mais básico que existe.
Comecemos então do início….
Pré-temporada e respetivo defeso, não há um comentador que não diga à boca cheia que o Benfica tem o melhor plantel, os melhores jogadores, soluções para todas as posições, qualquer reforço é um craque sem igual e os rivais estarão a anos luz do plantel encarnado, esta eu identifico como a - “PRIMEIRA FASE” da construção da narrativa e da modelagem das ideias…a partir daqui, não há iluminado intelectual da rede social ao lado que não diga que o jogador X é um super craque, que virá para a nossa liga e irá destruir tudo à sua passagem, criam a imagem de que todos são “Ronaldos” ou “ Messis” das respetivas posições…já brincaram tanto com o editor do FM e do PES ou FIFA que é impossível que tal não seja verdade.

Fechando o mercado e muitas vezes ainda antes dos primeiros percalços desportivos eis que começa a - “SEGUNDA FASE” - afinal o plantel é curto e desiquilibrado…os jogadores não correspondem às expectativas geradas, mas como será isso possível se na narrativa anterior não houve um que não fosse o melhor dos melhores do mundo na sua posição?
Aqui começam a surgir as narrativas, falha da direção, falha do treinador e “guerras internas” em barda…a miude surgem os casos e casinhos que se puxarem a fita atrás apenas existem no balneário do Benfica, é o único clube do mundo em que todas as temporadas sem exceção há jogadores insatisfeitos (Saint Juste riu-se desta parte certamente)…
Avançamos para a “TERCEIRA FASE”, trabalho de sapa feito avançamos para o assassinar do carácter dos jogadores, ou treinadores, sim porque a fase é igual para o treinador começa como “DEUS” da tática e comunicação, passa a “INCONSISTENTE” e acaba invariavelmente como “BURRO”, “ULTRAPASSADO” ou “SENIL”, sei lá quantos adjetivos são usados para categorizar os nosso treinadores dependendo das fases comunicacionais, claro que os resultados desportivos são o mote de tudo isto…mas se tivermos a vencer entra a “FASE SUPLEMENTAR”, que são os CASOS EXTRA FUTEBOL, normalmente reciclam casos judiciais, inventam novos casos, tudo para manter o clima de instabilidade na ribalta, vale tudo.
Isto tudo como é óbvio é feito com o auxílio inolvidável dos “COLABORADORES” Benfiquistas que se apressam por utilizar tudo e mais alguma coisa porque encaixa na sua narrativa…”querem tudo e o seu oposto”!
Neste momento já vamos assistindo a isto tudo…faz lembrar 19/20 com Raul de Tomás e Bruno Lage, faz lembrar 20/21 com Jorge Jesus e Waldschmitd ou Darwin ou Gonçalo Ramos ou sei lá quantos…faz lembrar Roger Schmidt com Odysseas (o único com razão de fundo…e mesmo assim é um talvez…), João Mário, Rafa…entre outros, mas o acumular da narrativa obedece sempre a uma ordem cronológica…com isto surgem nas bancadas da Luz os “Patinhos feios” assobiados a qualquer instante pelas narrativas criadas em seu torno…é este o cenário dantesco criado e moldado pela reunião do “Hotel Altis”.
É tão fácil…pensem um bocado, puxem a fita atrás e vejam se não é tudo demasiado idêntico…
Coincidências? Não, premeditação!
Claro esqueci-me de referenciar os promotores das narrativas no espaço público…nos jornais são os Bernardos e sua comandita…nas TV’s os Pinotes, Pintos e Luises…desta vida…é impressionante…o tal manto azul e verde!"

O estranho caso de Ivanovic


"Benfica tem um problema na finalização mas o croata é uma alternativa a Pavlidis e não um complemento. Apesar dos €23 milhões que custou, as águias deverão ir outra vez ao mercado

O processo é conhecido, mas vale a pena recordá-lo: o Benfica andou no verão à procura de um nove e meio, alguém com capacidade de ligar o jogo e transformá-lo num último passe ou em golo. Primeiro apontou baterias para Thiago Almada, depois colocou as fichas em João Félix, mas por questões financeiras (e não só) nem o argentino nem o internacional português chegaram à Luz, acabando por aterrar Franjo Ivanovic, um avançado de características bem diferentes, muito mais próximo do perfil de Pavlidis do que dos dois criativos.
Tratando-se de um reforço caro (foram gastos 22,8 milhões de euros para comprar o seu passe aos belgas do Union Saint Gilloise) Bruno Lage tentou casá-lo com o titularíssimo ponta de lança grego, mas quando aumentou o grau de dificuldade (no caso, o play-off de acesso à Champions diante do Fenerbahçe de José Mourinho) abdicou de uma solução que estaria condenada à insuficiência a médio prazo - porque as características de um e de um outro simplesmente não ligam.
Com o tempo foi percetível que o avançado croata iria ser uma alternativa a Pavlidis e não um complemento, um luxo que nem equipas dos campeonatos do top 5 europeu se podem dar: um suplente que custou quase €23 milhões.
A troca de treinadores ainda foi pior para o ponta de lança: José Mourinho chegou a testá-lo na esquerda, numa decisão que pareceu mais forçada do que inspirada, mas não demorou muito tempo para desistir da ideia, o que deixa Ivanovic com um espaço de manobra cada vez mais reduzido numa equipa que paradoxalmente revela carências ao nível de goleadores - a dependência de Pavlidis é evidente. Este é mais um elemento que expõe os desequilíbrios que Mourinho herdou e para os quais ainda não conseguiu encontrar solução dentro de portas.
Para o balcânico resta, portanto, tentar o impossível: para garantir um lugar no onze terá de arredar o único jogador que é uma garantia de finalização. Partidas como os da Taça de Portugal frente ao Atlético valem muito para quem está numa segunda linha, mas o número 9 até pode fazer um hat trick que o problema estrutural não irá mudar: os extremos e médios têm uma relação distante com as balizas contrárias - Lukebakio não é Di María e Sudakov, apesar do futebol mais refinado na construção, ainda não substituiu os 16 golos de Akturkoglu de 2024/25.
Janeiro está aí ao virar da esquina..."

BolaTV: 90+3' - S03E08 - “Rui costa é um presidente com boas ideias mas maus timings”

Pre-Bet Show #158 - O melhor meio-campo do mundo?!

O Desporto Português e a arte de pedir sem convencer (Parte II - da falta de plano à perda de quem pratica)


"Mais uma vez volto ao tema e não por teimosia, mas por urgência. Continuo a ver os mesmos dirigentes, ou as novas caras mas já com velhos hábitos, empenhados numa ação concertada para colocar mais dinheiro em cima do problema, sem nunca explicar o que pretendem alcançar com esse dinheiro. Nos últimos tempos, esse esforço tem sido liderado pela Confederação do Desporto de Portugal e pelo seu presidente, com federações alinhadas no mesmo registo: pedir mais meios ao Estado sem apresentar um verdadeiro plano que justifique o investimento. É uma frente comum na forma, mas vazia no conteúdo. Nenhuma reflexão estratégica, nenhuma métrica de impacto, nenhuma ambição que vá além do reforço orçamental. Um coro bem ensaiado a dizer o mesmo de sempre “precisamos de mais” mas sem uma ideia concreta de para quê.
É o mesmo padrão, a mesma retórica, o mesmo vazio. Mais um SNS do Desporto: um sistema público que absorve recursos, multiplica estruturas e sobrevive entre orçamentos, esperando pela próxima legislatura para pedir outra vez. Só assim de repente, podemos listar entidades que duplicam recursos e iniciativas a Confederação do Desporto, a Fundação do Desporto, o Comité Olímpico de Portugal, o Comité Paralímpico, as federações de utilidade pública, o IPDJ a FADU entre inúmeras Associações e ainda os famosos observatórios.
O desporto português sofre de um défice crónico de auto-respeito e de método. Décadas passam, governos mudam, e o ritual mantém-se: dirigentes a pedir mais, ministros a prometer o possível e, no fim, todos a lamentar-se de que o Estado dá migalhas. E dá mesmo. Mas a questão essencial continua por responder: o que é que o desporto faz para merecer mais do que migalhas?
A verdade é dura, mas incontornável: o desporto nacional continua preso à lógica da mão estendida, não da mão que constrói. Criou-se até uma espécie de jurisprudência na arte de pedir, exige-se mais ao Estado sem reformar o sistema que o desperdiça. Mas o desporto português não precisa de palmadinhas nas costas. Precisa de respeito. E o respeito, como se sabe, não se mendiga, conquista-se.
Medidas óbvias continuam por concretizar: redistribuir parte do imposto do jogo online, aplicar IVA reduzido de 6% aos bilhetes desportivos ou estimular o mecenato privado.
Tudo certo. Mas nada disto é um plano. São paliativos num sistema que se tornou estruturalmente ineficiente. Enquanto não houver metas, indicadores e responsabilização, qualquer aumento orçamental será apenas combustível para a mesma máquina que não sai do lugar.
Do lado político, o cenário não é melhor. O desporto continua a ser visto como um luxo simpático, um adereço social que só ganha importância quando alguém traz uma medalha. Depois, regressa o silêncio. E nesse silêncio, a ladainha: “precisamos de mais meios”.
O problema já não está apenas em quem decide está também em quem pede. Como escrevi no artigo anterior publicado AQUI no Jornal Record, O desporto português ainda não aprendeu a falar a língua de quem segura a caneta do orçamento: planeamento, metas, retorno social e económico, sustentabilidade. Em vez de apresentar projetos com impacto, apresenta listas de necessidades. Em vez de indicadores de sucesso, apresenta queixas.
Nos países que levaram o desporto a sério Reino Unido, Austrália, Noruega, Canadá, o investimento público não cresceu por generosidade, mas por método. Criaram-se planos plurianuais, metas mensuráveis, governação profissional e cultura de accountability. O resultado? Medalhas, sim mas também sistemas sólidos, que geram valor económico, reduzem custos na saúde e fortalecem o tecido social.
Em Portugal, o desporto continua a confundir financiamento com favor e investimento com subsídio. Enquanto não se afirmar como causa estratégica nacional, com um plano a dez anos, metas claras e resultados tangíveis continuará a viver de migalhas com cerimónia: palmadinhas, selfies ministeriais e promessas recicladas.
A tutela recentemente tornou o exercício de um plano estratégico, mandatório para as federações, numa iniciativa de louvar. Um começo. Mas ainda tudo muito incipiente: planos mal apresentados, falta de alinhamento nos procedimentos e, sobretudo, um medo terrível de fazer escolhas. Num país pequeno e com recursos limitados é preciso apostar nas modalidades que estejam identificadas com o significado da palavra SUCESSO, o que implica necessariamente deixar alguns de fora. Mas o corporativismo do desporto não deixa: quem se insurge é afastado, quem propõe reformas é visto como ameaça. E continuamos a produzir muito “poucochinho”: quatro medalhas olímpicas nos recentes JO de Paris, e um sistema que se consola com o quase.
Sou, por natureza e convicção, apologista de que um problema é uma oportunidade. Foi assim que pautei a minha vida profissional apontar soluções, decidir e fazer.
Eis, pois, cinco caminhos para mudar o paradigma, não é obviamente uma receita milagrosa, mas pode ajudar no caminho :
1. Plano Nacional de Retenção e Desenvolvimento Desportivo (10 anos) Combater o abandono juvenil (drop-off) com programas escolares, clubes abertos e metas de retenção. Financiamento condicionado a resultados e boas práticas.
2. Governação profissional e reporting público — Todas as federações e associações com planos estratégicos auditados e indicadores de desempenho transparentes. A transparência e métricas claras, devem ser critério obrigatório de financiamento.
3. Fiscalidade amiga, mas com contrapartidas — Incentivos fiscais atrelados a objetivos de participação e inclusão. Mecenato com retorno social comprovado.
4. Ligação escola–clube–autarquia — Criar uma rede coordenada de prática desportiva, partilhando infraestruturas e técnicos, e mapeando o desenvolvimento dos atletas.
5. Economia do Desporto — Ver o desporto não como despesa, mas como indústria leve de saúde e coesão social, com retorno mensurável no PIB, na produtividade das Empresas e na saúde pública. A intervenção da sociedade civil e dos atletas é essencial para furar a bolha dos protagonistas de sempre.
Chegou a hora de mudar o verbo: deixar de pedir e começar a convencer. Trocar a mão estendida por uma visão estendida sobre o futuro. O verdadeiro investimento começa quando o desporto português deixa de ser um apelo emocional e passa a ser uma estratégia nacional. Não é só de dinheiro que o desporto precisa (temos que perceber onde anda o dinheiro injectado no Desporto, que não é tão pouco assim, e qual o nível de desperdício). O que precisamos mesmo é de propósito."

Rabona: The REASONS why Italy are FAILING in qualifying (again)

BF: Manu e Ivanovic...

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Brasileirão ao rubro até ao final

Observador: E o Campeão é... - Ronaldo e Trump. Um encontro de protagonistas

Observador: Três Toques - Onde anda Johnny Depp?

Portas abertas aos mais novos


"Esta edição da BNews inclui vários temas da atualidade do Benfica.

1. Um só Benfica
25 jovens atletas do Benfica, residentes no Benfica Campus, assistiram ao treino orientado por José Mourinho e tiveram a oportunidade de conviver com os membros do plantel após o apronto.

2. Contributos internacionais
Acompanhe o desempenho dos jogadores do Benfica ao serviço das seleções nacionais.

3. Jogos do dia
Hoje há jogo europeu de andebol na Luz entre Benfica e HF Karlskrona (19h45). Em futsal, o Benfica visita o Leões Porto Salvo (20h00).

4. Agenda para quarta-feira
Na 4.ª feira, às 20h00, há embate europeu na Luz de voleibol, com o Benfica a receber o OK Medimurje Centrometal. À mesma hora, a equipa feminina de futebol joga no reduto do Paris FC a contar para a Liga dos Campeões. Às 19h00, o Benfica visita o Spartak Office Shoes, da Sérvia, em basquetebol.

5. Convocatória 
A futebolista do Benfica Caroline Møller está convocada pela seleção dinamarquesa.

6. Reconhecimento
Pedro Casinha, Messias Baptista, João Ribeiro (canoagem) e Isaac Nader (atletismo) recebem Prémio de Excelência Desportiva, numa distinção do COP pelos feitos no ano de 2025.

7. Bons desempenhos
Atletas jovens da natação e do judo do Benfica em destaque.

8. Iniciativa do Museu
A exibição do documentário "The Birth of the Great Ajax", de Erol Elman, no auditório do Museu Benfica – Cosme Damião juntou vários convidados, incluindo antigos jogadores do Benfica.

9. Benfica 1 minuto
O essencial da atividade benfiquista dos últimos dias em 60 segundos."

1 Minuto


- Minuto...

Central: Sven-Göran Eriksson: O Sueco que Revolucionou o Benfica

«Precisamos de presidentes fortes»: para transformar ou para tudo ficar na mesma?


"No passado Portugal Football Summit 2025, o presidente do FC Porto André Villas-Boas (AVB) debitou (expressão sua) que «precisamos de muita ajuda da Federação, da Liga, precisamos de presidentes fortes, com carisma, com liderança, que debatem estes temas e que não andemos em cimeiras de presidentes onde nada se discute e de onde nada sai».
Esta afirmação apresenta vários conteúdos que merecem atenção e análise. Inicialmente AVB reconhece que sem a cooperação da Federação e da Liga será difícil transformar o futebol português, lançando um possível debate sobre a relevância da regulação bipartida no futuro do futebol profissional nacional. Seguidamente, sinaliza as partes interessadas da indústria do futebol da importância de presidentes fortes com carisma e liderança.
Mas, ficou a dúvida relativamente a quais presidentes, das reguladoras ou dos clubes? Por último referiu a falta de produtividade e decisão das cimeiras de presidentes. Iremos focar-nos na importância de presidentes fortes, deixando os outros temas para futuros espaços de opinião.
A questão da transformação do futebol profissional português é assumida pelos mais diversos agentes da indústria do futebol e AVB ao abordar a necessidade de presidentes fortes com carisma e liderança está provavelmente a sugerir que os presidentes da Federação e da Liga (assumimos que se referia a estes) seja alguém que adapte a sua personalidade, habilidades, competências e forma de atuar ao contexto do futebol português seguindo uma liderança estratégica.
O líder estratégico é aquele que pensa e executa estratégias com propósito, num espírito de missão, com impacto no curto prazo sem descurar as metas de longo prazo, com o evidente objetivo de aumentar a adaptabilidade, a capacidade de inovação, a evolução, e a viabilidade organizacional enfrentando o risco e definindo processos de mudança. Para tal, a liderança estratégica assume a opção estratégica, desenvolve criativamente ideias, estabelece alianças, equilibra os diferentes interesses (neste caso) dos clubes e outras partes interessadas, procura recursos e constrói capacidades organizacionais para executar as coisas certas nos momentos certos sem medo do erro e represálias.
Mas, será este o perfil de líder que AVB deseja ter a liderar a Federação e a Liga? Em que ambos procuram a mudança disruptiva, conscientes que esse é o caminho independentemente das forças dominantes? Não creio e suporto-me em declarações de AVB no Summit 2025.
«Os três presidentes não se podem ver uns aos outros, mas temos um caminho obrigatório a percorrer no sentido de encontrar soluções para o futebol português». O provável entendimento de AVB é que a solução passa obrigatoriamente pelos três grandes, ou seja, sem estarem os três de acordo não podem existir mudanças disruptivas na indústria nacional do futebol. Esta linha é mais evidente quando afirma que «os grandes também não querem ficar a perder, porque a grande mais-valia do futebol português está precisamente neste patamar». Pode-se entender que a força competitiva dos três grandes é suficiente, por exemplo, para no mínimo manterem o nível de contratos atuais numa possível centralização de direitos de media. Isto é, no entendimento de AVB a primeira premissa de divisão contratual é os grandes manterem os valores atuais, o que restar é para distribuir pelos outros clubes. Isto porque, como afirma «os outros clubes da Liga também têm que se posicionar relativamente à especificidade do que é o futebol português».
Regressando ao líder estratégico forte (até poderia ter outro perfil), este no contexto do futebol profissional português em que existe a necessidade absoluta de mudanças estruturais disruptivas no que se refere ao quadro competitivo e à centralização dos direitos de media, deverá agir envolvendo os clubes ativamente no processo, comunicando de forma clara e frequente, promovendo a confiança e mantendo a calma, a coragem e a resiliência na defesa de uma solução que beneficie o aumento de competitividade desportiva através da melhoria dos futuros contratos individuais de media nos denominados pequenos clubes (eventualmente com regras que motivem o investimento e evitem SADs predadoras à caça do dividendo ou transferências de dinheiro via direitos desportivos). Pois, só com melhores recursos financeiros se conseguem atrair melhores jogadores e planteis, e simultaneamente construir academias geradoras de futuros talentos.
No entanto, as contingências atuais do mercado audiovisual sugerem que numa primeira fase os três grandes possam diminuir as suas parcelas do todo. Seguindo Aristóteles (384 a. C.–322 a. C.) para no futuro o todo ser maior que a soma das partes, o bem da indústria justifica um sacrifício temporário dos três grandes. Mas como referiu AVB «eu sou presidente do FC Porto, tenho que defender os interesses do FC Porto, evidentemente», como tal, primeiro eu, depois os outros. E será que defender os interesses do FC Porto é incompatível com os interesses da indústria como um todo? Não terão todos os clubes o mesmo interesse na expansão da competitividade desportiva e consequentemente da marca Liga Portugal?
Giuseppe Tomasi di Lampedusa no livro O Leopardo a páginas tantas afirma «para que tudo fique na mesma, é preciso que tudo mude» esta frase está próxima do que entendemos ser a base de pensamento de AVB sobre um líder forte: é aquele que protege os três grandes, eventualmente dando maior atenção ao FC Porto. Tudo pode mudar, mas o FC Porto tem que manter todos os direitos e até melhorá-los, o que para alguns comentadores foi a prática em uso durante muitos anos.
Os outros que se rendam à realidade. No entanto, a realidade atual requer a filosofia de Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844–1900) em que sugere que para haver mudança o indivíduo deve transcender os valores antigos para criar novos (metamorfoses do espírito), num processo que exige a aceitação da incerteza e o fogo da transformação o que vai ao encontro das recomendações da gestão estratégica.
A terminar, até concordamos com AVB relativamente ás necessidades atuais da indústria portuguesa de futebol profissional necessitarem de líderes fortes e carismáticos. Contudo, acrescentamos ao pensamento de AVB que liderem pela integridade e transformem sem medo, com espírito de missão e força de protegerem uma estratégia de crescimento e sustentabilidade para todos. Tendo a honra de executarem o certo no momento certo."

«Hoje, já vamos ganhar o Mundial»


"1 — Uso sem pedido de autorização, mas com a devida menção, o título do artigo publicado ontem pelo editor d’A BOLA João Pimpim, por entender que se descreve, na perfeição, aquilo que pretendia transmitir (cuja leitura aconselho como proémio a este escrito). A forma como talvez devêssemos racionalizar um pouco as nossas análises e humores, que alteram abruptamente em função dos resultados, tantas vezes causados por circunstâncias exógenas.
A forma como devemos deixar fluir a belíssima irracionalidade das emoções em torno do futebol, mas sem deixar que nos condicionem alguma, por pouco que seja, objetividade na análise. Porque não é possível programar nada se de cada vez que a bola bate na trave tudo ficar em causa.
Eu queria, em primeiro lugar, prestar a minha homenagem a Roberto Martínez. Recordando o que aqui disse sobre no já distante 28.10.2023, felicitando-o pelo «apuramento mais imaculado de sempre».
Atribuí ao selecionador esse mérito, e reforço-o agora. E estou ainda mais à vontade porque até sou dos que considero que as escolhas para a defesa e o esvaziamento do meio-campo foram responsáveis pela sofrível exibição de Dublin mas, que diabo, registámos a 3.ª derrota em 45 jogos com este selecionador, acho que nos merece, no mínimo, o benefício da dúvida.
E acho que devemos a nós próprios não nos sentirmos ridículos por termos estado uns dias a discutir a substituição do selecionador nacional para agora todos nos encontrarmos em júbilo incontido. A irracionalidade emocional faz parte da vivência do futebol, mas calma…
Temos um conjunto de jogadores magnífico, temos uma sequência geracional absolutamente assegurada (acabaram as gerações de ouro… são todas!), temos atletas que disputam e vencem as maiores competições do Mundo, mas ainda nos falta muito para nos podermos arvorar a pretender vencer o Campeonato do Mundo.
Metade do caminho está feito: estamos lá. A 9.ª presença em mundiais, sendo a 7.ª consecutiva. Tiremos satisfação disso mesmo e preparemos o torneio com idênticas humildade e ambição.

2 — Isto que aqui referi relativamente à Seleção Nacional poder-se-ia aplicar igualmente ao meu Vitória. Cabendo-me representar o clube do meu coração nas linhas deste jornal faço-o, nunca cedendo na exigência e na transmissão livre da minha visão mas faço-o, confessadamente, procurando não utilizar um espaço dum jornal nacional para zurzir o meu próprio clube.
Deixo essa tarefa para os nossos rivais. Parece que é uma postura não compreendida com alguns adeptos que, porventura, gostariam mais de ver um vitoriano a ser o primeiro no regimento de infantaria do bota-abaixismo contra o seu próprio clube. Lamento, não alinho nisso.
Faço o possível por não deixar condicionar a racionalidade das minhas análises pela desilusão dos resultados, quando essas desilusões surjam. Como hoje estou a alinhar em citações, quero manifestar que a postura que entendo dever apresentar está totalmente em linha com o que vi dito por Manuel Machado, vitoriano e treinador de futebol, que numa entrevista ao jornal O JOGO manifestou que esta «está a ser uma época relativamente normal, dado que houve uma alteração profunda no quadro de jogadores do clube e na equipa técnica. Há um tempo para maturar. Ainda não há uma linha muito vincada, mas com as mudanças é normal. O penálti que deu a vitória no último jogo foi executado por um jogador de 18 anos e acho que isso é demonstrativo das profundas renovações no Vitória. É um plantel muito novo. Acho que com o tempo a equipa vai evoluir. É preciso tempo».
Tudo isto é óbvio. Basta não perdermos noção disso quando afinamos as nossas expectativas. São aceitáveis todas as críticas para a revolução que se operou no plantel, é legítimo concordar-se e discordar-se disso, mas agora que está operada, onde somos necessários é a remar, que não em sentido contrário.

3 — Uma palavra para Miguel Oliveira, que teve neste último domingo a sua última prova em MotoGP. Também ele muito criticado nos últimos anos pela perda de rendimento que acabou por conduzir a que na próxima época vá disputar o campeonato de Superbikes.
Também aqui quero fazer exatamente o inverso. Quero prestar, mais do que a minha homenagem, o meu agradecimento àquele que foi, até hoje, o único português a participar no circuito Mundial de Moto GP, um feito impensável ainda há poucos anos. Eu que sou do tempo de ver a brilhar Waine Rainey, Eddie Lawson e Randy Mamola, tempo em que o Moto GP se chamava Mundial de 500cc, sei valorizar aquilo que conseguiu Miguel Oliveira — elevar o motociclismo português ao topo do Mundo!
E isso, numa altura em que, após seis anos de Moto GP, com cinco vitórias, sete pódios e uma pole position, Miguel Oliveira sai honrando o nosso país pelo seu percurso e pelas suas conquistas. Ele terminou dizendo «tenho tanto potencial ainda por explorar e mostrar», por mim, basto-me com o potencial que ele demonstrou. Obrigado Miguel Oliveira!"

Afinal, já vamos ser outra vez campeões do Mundo!


"Do ódio ao amor, eis a paixão pelo futebol em todo o seu esplendor: quinta-feira, o 8 e já podíamos «esquecer o Mundial»; este domingo, regresso ao 80 e voltámos a ser os maiores

É assim o futebol, em particular o futebol vivido em países latinos ou mediterrânicos. Para ir do 8 ao 80 (e vice-versa), bastam dois ou três dias. E, se era um dado adquirido para a generalidade do universo que a ida de Portugal ao Mundial 2026 nunca esteve em causa (digo eu), o mesmo não pode dizer-se das opiniões sobre o que será a Seleção Nacional capaz de fazer na fase final que Estados Unidos, México e Canadá recebem no próximo ano.
Ou melhor: o que está em causa não é a diferença de opiniões entre adeptos, mas sim o momento em que essas opiniões são expressas. O mesmo personagem pode dizer hoje uma coisa e amanhã outra. É assim o futebol, ou melhor, a paixão pelo futebol em toda a sua magnitude: para ir do ódio ao amor (e vice-versa) bastam dois dias ou pouco mais.
Quinta-feira, após derrota da Seleção na Irlanda (0-2), o mundo chegara ao seu fim, a escuridão invadira os espíritos lusitanos, não havia naquele instante pior equipa em todo o planeta. «Linda figura que vamos fazer ao Mundial»; ou «podem esquecer, não vamos lá fazer nada»; «Ronaldo pode falhar os dois primeiros jogos da fase final? Melhor assim, também não serviria para nada.»
Três dias depois (este domingo), grande goleada no Dragão, quase a maior de sempre da história da equipa das Quinas, 9-1 à Arménia, qualificação garantida e de novo a saltar da gaveta o «Vamos ser campeões do Mundo!», «Agora, sim, ninguém nos pára!»
Mas há mais, neste 8 e 80: Cristiano Ronaldo, 40 anos, campeão da Europa em 2016, vencedor de duas Ligas das Nações, a última em junho passado, e com alta influência do capitão de Portugal, com exibições determinantes e de alto nível frente a Alemanha, na meia-final, e Espanha, na final, também entra na onda da falha de memória coletiva: «Isto sem Ronaldo é que é! Já só está ali a atrapalhar! Mais valia não ir ao Mundial.»
Enfim, hoje é assim: «Vamos ser campeões do Mundo! E sem Ronaldo!» Amanhã será assado. E depois de amanhã outra coisa qualquer. É assim a paixão pelo futebol. Talvez mais bipolar na Seleção do que no âmbito da clubite, mas sempre exacerbada aos extremos dos sentimentos: ora te amo, ora te odeio, mas, no fundo, quero-te bem, não me és indiferente.
O primeiro passo está dado: Portugal qualificou-se, estará no seu nono Mundial, Ronaldo vai estar no seu sexto e... último. E esse pormenor pode fazer toda a diferença. Até lá, pelo menos hoje, já somos outra vez campeões do Mundo."

Portugal, o Mundial e a inutilidade de uma discussão que alguns querem surda e muda


"Bateram-se palmas por nove vezes no Dragão e no restaurante onde estava. Temeu-se nervosamente nos mesmos locais, separados por dezenas de quilómetros e pela meteorologia (os momentos de chuva nunca coincidiram, curiosamente), quando a Arménia empatou. E, no fim de tudo, onde estamos, o que tirámos daqui, deste jogo?
Talvez nada do que verdadeiramente interessa, não sendo jogo para isso, claro está. A Arménia é frágil, vive nos meandros do ranking da FIFA e resolveu dar-se ao duelo quando viu uma brecha para arriscar uma gracinha. Portugal correspondeu marcando nove golos, a equipa levitada pelas veias raiadas nos olhos de jogadores que, ao mesmo tempo, pareciam miúdos a divertir-se e assassinos em série no relvado do Dragão, tal a vontade de marcar mais e mais golos. Haverá poucas atitudes mais entusiasmantes num jogo de futebol, para mais um que acabou por dar a Portugal mais uma participação consecutiva num Mundial, a sétima, num total de nove.
Porém, a vitória concludente e a festa que se seguiu vai atirar, por exemplo, a cadência de erros no golo arménio para um qualquer canto. Deixará o jogo com a Irlanda no território do “psicológico”, como defendeu Roberto Martínez, e não no campo das evidentes dificuldades técnico-táticas apresentadas em Dublin. Manterá também, ao contrário do que se pensa, irrelevante qualquer discussão sobre lugares marcados à mesa, porque essa reflexão nunca existiu verdadeiramente, pelo menos para quem a deveria fazer. E quando ela existe, entre os adeptos, é sempre feita de polarização e exageros.
Sobre isso, a querela, de todos, adeptos e responsáveis, não deveria ser sobre ausências e presenças, deveria ser sempre sobre papéis e o papel que Cristiano Ronaldo deveria ter na seleção nacional. Deve ser proscrito como alguns defendem? Dificilmente. O seu magnetismo para o golo continua a ser uma característica que não é nada de se deitar fora para um treinador. Mas é cada vez mais incompreensível que o processo de jogo não tenha as suas hipóteses de aparecer com Roberto Martínez. No Mundial, Cristiano Ronaldo será invariavelmente titular, adeque-se ou não o jogo - e em alguns jogos até fará sentido que esteja no onze -, e vai, seguramente, marcar todos os livres e mais alguns, mesmo com outros jogadores com capacidades para o fazer no seio da seleção. João Neves não foi o primeiro a lembrá-lo.
É sim ou sopas, preto ou branco: a discussão não permite nada que viva no meio.
E isso é que é verdadeiramente preocupante: a ausência de hipóteses de discussão, seja sobre futebol ou outro qualquer tema. Olhar para o jogo com a Arménia como a prova que Ronaldo deveria estar fora será redutor e errado - talvez seja mais importante olhar para os dois duelos com a Irlanda -, mesmo que o ataque com a mobilidade de Gonçalo Ramos e o pensamento de Bruno Fernandes tenha dado provas de uma fluidez que Portugal não só necessita como tem a obrigação de mostrar, tal a qualidade individual que tem em boa parte das posições. O problema é que a discussão simplesmente não tem lugar, alguns querem-na surda e muda, por insondáveis razões, pouco próprias para pessoas com responsabilidades na gestão não só de uma equipa de futebol, mas também de homens.
Justificar um cartão vermelho por agressão - e a pobre atitude que se seguiu - com “muita paixão” e “frustração” abre portas à relativização de outro tipo de comportamentos profundamente errados. E não, não me peçam calma porque “isto é só futebol”. Apelidar de “falta de respeito” uma pergunta sobre a não-presença de Cristiano Ronaldo no Dragão, onde poderia festejar com os colegas uma vitória que lhe permitirá bater o recorde individual de presenças no Mundial, passa de novo uma mensagem já gasta: há assuntos em que, aparentemente, não se pode tocar. E tratar o capitão de equipa, seja ele quem for, com o mesmo barómetro de exigência face a outro jogador qualquer, é cuspir no prato da responsabilidade.
De tanto querer evitar “o circo”, como ele próprio lhe chamou naquela conversa de bros com um dos interlocutores de sempre, Cristiano Ronaldo contribui para ele. Mas não é o principal culpado. Perante tamanha força nas pancadinhas nas costas, Bruno Fernandes foi obrigado a ser o adulto na sala, dizendo em poucas palavras, sem melindrar ninguém, o que deveria ter sido logo atestado pelo selecionador nacional. Falou de coisas que “acontecem no futebol” - e é verdade, ninguém está livre de errar - e de uma “reação” que “custou caro” a Ronaldo. “Ele sabe que cometeu um erro, era algo que não queria fazer”, apontou, defendendo o colega sem lhe retirar as responsabilidades na atitude. Não é assim tão difícil e passa um exemplo bem melhor do que choramingar à FIFA panaceias para evitar uma suspensão que, naturalmente, se ficará por aqui - e se não ficar, a postura mais adulta é assumir as responsabilidades e seguir em frente até ao continente americano sem desculpas ou justificações.

O que se passou
A judoca portuguesa Joana Santos conquistou pela terceira vez o ouro nos Jogos Surdolímpicos, que estão a decorrer em Tóquio.
No râguebi, a seleção nacional voltou às vitórias, frente a Hong Kong.
Portugal bateu a Bélgica e está nos oitavos de final do Mundial sub-17: na terça-feira, o adversário é o México."

DAZN: The Premier Pub...

No Princípio Era a Bola - No puzzle de Portugal, nem tudo encaixa na perfeição e Roberto Martínez vai deixando os problemas...

Jogo Pelo Jogo - S03E15 - 11 Portugueses mais duros

Rola Bola - Apertem os cintos, os 3 (FCP🔵, SCP🟢 & SLB🔴)

Renascença - Bola Branca - Tertúlia - João Carvalho

SportTV: MotoGP - S04E22

DAZN: F1 - Zak ao ataque e a logística de um triplete

SportTV: NBA - S04E05

BolaTV: Afunda - S06E15 - Wemby lesionado, Lebron recuperado

Há sujeitos com sorte


"1.O Benfica não tem rival. Nem em Portugal nem fora de Portugal. Provavelmente o mais correto será dizer que o benfiquismo não tem rival nem em Portugal nem fora de Portugal. Vá lá saber-se o que, entre Benfica e benfiquismo e vice-versa, é menos ou mais correto de se dizer depois das duas jornadas eleitorais como as que foram vividas nos dias 25 de outubro e 8 de novembro e que conduziram à reeleição de Rui Costa na presidência.

2. O Barcelona orgulhava-se de lhe pertencerem os registos da maior participação de associados num ato eleitoral, mas os números de que os catalães se orgulhavam foram ultrapassados de largo pelos associados do Benfica quer na 1.ª volta quer na 2.ª volta das eleições de 2025 do nosso clube. Quanto à concorrência a atos eleitorais nos demais emblemas nacionais não há, de facto, concorrência possível com os números apresentados pelo Benfica.

3. Esta demonstração de amor ao Clube e de vontade de participação na vida do Clube aborreceu muita gente de outros clubes. É gente irrelevante, não duvidem. E deixemos os irrelevantes com as suas irrelevâncias que lhes ficam tão bem.

4. Parabéns a Rui Costa, presidente do Benfica para o quadriénio 2025-2029. Parabéns a José Pereira da Costa, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica, que montou e organizou, sem ponta de mácula, todo o processo eleitoral na sua magnífica dimensão social e geográfica. Parabéns à BTV pelo espírito democrático com que recebeu nos seus estúdios todos os candidatos e todas as candidaturas.

5. Lamentavelmente, o Benfica empatou com o Casa Pia, na Luz, no dia a seguir à eleição de Rui Costa, e o jogo terminaria com protestos de elementos do staff benfiquista dirigidos ao árbitro no relvado. Foram acontecimentos que terão, naturalmente, as suas consequências negativas do ponto de vista disciplinar. Era disto que o Benfica não precisava mesmo nada, à 11.ª jornada do Campeonato, depois de perdidos 6 pontos em casa.

6. E imediatamente aconteceu o que era de prever. Deixou de ter importância o relatório do árbitro do FC Porto-Sporting de Braga denunciando a existência de tecnocoação no balneário do Estádio do Dragão porque o relatório do árbitro do Benfica- -Casa Pia ofuscou a situação relatada por Fábio Veríssimo.

7. Mário Branco, diretor do futebol do Benfica, será castigado. O seu caso não terá a conclusão de um caso envolvendo o presidente do Sporting, que, soube-se nesta semana, foi absolvido pelo TAD (Tribunal Arbitral do Desporto) do castigo de 51 dias que lhe tinha sido imposto por críticas ao árbitro Tiago Martins. Há sujeitos com sorte."

Leonor Pinhão, in O Benfica

Seguindo os desígnios da história


"MÁRIO MACHADO, CAMPEÃO NACIONAL DE BASQUETEBOL, ALINHOU PELO BENFICA E FOI PERSONAGEM FULCRAL NA MODALIDADE EM MOÇAMBIQUE.

Nos anos 60 do século XX, a história do basquetebol nacional expandiu as suas malhas competitivas ao além-mar, para encontrar as equipas de Angola e Moçambique. Falar de desporto implica, por vezes, falar de política, sobretudo neste espaço e tempo, e aqui revela-se a tentativa do Estado português em mostrar a união simbólica dos seus territórios, em plena guerra colonial, mas também os pedidos das províncias que, lá longe, clamavam por uma aproximação desportiva à metrópole com melhores condições.
É neste contexto que sobressai o nome de Mário Álvaro dos Santos Machado (1941-2021), cujo percurso desportivo se mistura com os avanços e transformações implacáveis da história.
Vindo do FC Porto, Mário Machado rumou a Lisboa por motivos pessoais, e foi levado para o Benfica por Teotónio Lima, que viu nele um “ótimo reforço”. A sua estreia deu-se em 13 de outubro de 1961 frente ao Sporting, no Campeonato Regional, quando se jogou igualmente sob novas regras do basquetebol, também em transformação.
Em dezembro, alinhou no primeiro jogo do basquetebol encarnado na Taça dos Clubes Campeões Europeus, contra os italianos do Ignis Varese, no Pavilhão da Luz. Ao longo das 4 épocas no Benfica, Mário Machado foi tricampeão regional, tricampeão nacional e bicampeão metropolitano, além de ter conquistado uma Taça de Portugal.
A sua última prestação pelo Benfica foi no Campeonato Nacional de 1964/65, que se disputou em Lourenço Marques entre 12 e 14 de junho de 1965. Defrontou o SC Luanda (V 78-72) e o SC Lourenço Marques (V 59-54), marcando em ambos os jogos.
Embora o Benfica se tenha sagrado tricampeão nacional, a sua prestação era uma incerteza, e a conquista, uma surpresa, na medida em que rumaram a Moçambique apenas com 8 atletas, muitos deles sem a rotina da 1.ª categoria, além do pouco tempo para treinos. Pelas palavras do treinador, Mário Lemos, valeu a “maturidade técnica dos jogadores”, na qual se inseria Mário Machado.
Estava firmado entre o Clube e Mário Machado que este ficaria em Lourenço Marques, onde avançaria com a sua vida, pessoal e profissional. Presente em Moçambique, haveria de jogar pelo Clube Ferroviário de Lourenço Marques, mantendo estatuto de grande jogador, alinhando pela seleção nacional algumas vezes, inclusive nos Jogos da África do Sul, em 1973. Pelo seu clube, haveria de conquistar o Campeonato Provincial de Moçambique na última edição que esta prova conheceu. Em 1975, o basquetebolista inscreveu o seu nome entre os primeiros campeões nacionais de Moçambique, no ano da independência desse país.
Conheça outros nomes da história do basquetebol do Benfica na área 3 – Orgulho Eclético, no Museu Benfica – Cosme Damião."

Duas dimensões


"Depois de mais uma extraordinária manifestação de civismo, maturidade democrática e paixão clubista dada ao país e ao mundo no passado sábado, os benfiquistas mereciam que o seu fim-de-semana tivesse terminado melhor.
Infelizmente, ficámos mais longe do 1.º lugar, fruto de um resultado que deve ser analisado sob duas dimensões.
Pela terceira vez na temporada, pela sexta de há um ano para cá, o Benfica deixou escapar a vitória no tempo extra. Na última época, empates cedidos nas Aves e com o Arouca em casa terão custado o Campeonato; e o penálti aos 99 minutos no Jamor custou a Taça. Já nesta, metade dos jogos da liga disputados na Luz terminaram da forma idêntica: Benfica a sofrer golos com o Santa Clara aos 92 minutos, com o Rio Ave aos 91, e agora com o Casa Pia novamente aos 91, desperdiçando em sua casa, frente a equipas da segunda metade da tabela, 6 preciosos pontos – tantos quantos nos afastam da liderança. Com os rivais vai acontecendo precisamente o contrário.
Creio que há aqui um padrão a merecer reflexão interna, até porque a maioria destes casos teve origem em falhas individuais ou faltas de concentração pouco admissíveis com a equipa em vantagens tangenciais.
Mas não é este o único padrão dos últimos tempos. De acordo com as regras, o penálti que originou o primeiro golo do Casa Pia teria de ser revertido pelo VAR. Não o foi. Na véspera, nos Açores, o golo da vitória do Sporting (aos 94 minutos) nasceu de um erro inacreditável do árbitro assistente. Erros acontecem, o problema é quando acontecem sempre para o mesmo lado.
Foi também entre pisões na cabeça e penáltis cometidos com o ombro que vimos escapar Campeonato e Taça de 2024/25. Lamentavelmente, esse “Manto Verde” continua a ensombrar 2025/26, e a subverter, semana após semana, a verdade desportiva"

Luís Fialho, in O Benfica

A força do futebol


"Parece simples e é: quando lidamos com jovens com talento e potencial por desenvolver, a única coisa de que precisamos para alavancar sucesso é conseguir comunicar com eles, motivá-los para o trabalho e ajudá-los a manter o foco ao longo de todo o ano letivo. Este é o principal segredo de um projeto que atinge todos os anos várias centenas de jovens e que vê no final de cada ano a quase totalidade desses jovens (95%) atingir sucesso escolar, bons níveis de comportamento e praticar muito, e bom, futsal. É claro que nada acontece por acaso, e tudo isto implica um enorme trabalho de acompanhamento dos jovens e das famílias junto das suas escolas ao longo de todo ano. É também claro que tudo isto implica uma coordenação e orientação técnica adequadas para garantir que, da aparentemente simples participação em jogos e treinos de futsal e outras atividades coletivas, resulte uma conversão quase universal em comportamento adequado, a erradicação do bullying, a diminuição drástica do absentismo e, sobretudo, performance e resultados escolares acima da média das suas próprias escolas.
É a força do futebol do social, que se mostra capaz de ajudar a resolver velhos problemas com novas soluções, e que mostra também que os clubes e o futebol têm muito mais para dar à sociedade do que parece à primeira vista. Por isso estamos cá e cá estaremos sempre para levar a chama imensa do nosso querido Benfica a acender a alma imensa dos jovens que são o futuro deste país!"

Jorge Miranda, in O Benfica