"Quando se aproximam as eleições na FPF, é altura de fazer um balanço dos 15 anos que Gilberto Madaíl levou à frente dos destinos da mesma. Infelizmente, esse balanço não pode ser positivo. Admito que Gilberto Madaíl seja uma pessoa estimável (não o conheço), mas o seu trabalho em todos estes anos foi quase sempre marcado pela mediocridade, e muitas vezes pela fuga às responsabilidades.
Argumenta-se que levou a Selecção a Europeus e Mundiais. Ao contrário de um clube, onde as
direcções contratam e vendem futebolistas, não creio que um dirigente federativo tenha mérito substantivo nas vitórias desportivas da respectiva Selecção. Na minha óptica, Madaíl teve apenas a sorte do seu consulado coincidir com uma extraordinária geração de talentos (Rui Costa, Figo, João Pinto, Simão, Ronaldo, etc), que, ela sim, proporcionou os resultados que a FPF pouco fez por merecer. Acresce que, sob a sua liderança, nem só de rosas viveu a Selecção Nacional. Os Mundiais de 2002 e 2010 foram momentos de angústia colectiva, com casos de indisciplina e desorganização que saltaram à vista de todos, e dos quais não se chegaram a apurar as devidas culpas. Pelo meio, nos tempos de Scolari foi o próprio seleccionador que, assumindo tarefas que competiam aos dirigentes, disfarçou insuficiências que nunca deixaram de subsistir.
Mas nem é a Selecção o principal critério de análise a uma direcção federativa (mesmo sendo ela a sua grande fonte de financiamento). O futebol das divisões secundárias quase morreu neste período, não se tendo visto o mais pequeno esforço para o compatibilizar com os paradigmas dos novos tempos.
direcções contratam e vendem futebolistas, não creio que um dirigente federativo tenha mérito substantivo nas vitórias desportivas da respectiva Selecção. Na minha óptica, Madaíl teve apenas a sorte do seu consulado coincidir com uma extraordinária geração de talentos (Rui Costa, Figo, João Pinto, Simão, Ronaldo, etc), que, ela sim, proporcionou os resultados que a FPF pouco fez por merecer. Acresce que, sob a sua liderança, nem só de rosas viveu a Selecção Nacional. Os Mundiais de 2002 e 2010 foram momentos de angústia colectiva, com casos de indisciplina e desorganização que saltaram à vista de todos, e dos quais não se chegaram a apurar as devidas culpas. Pelo meio, nos tempos de Scolari foi o próprio seleccionador que, assumindo tarefas que competiam aos dirigentes, disfarçou insuficiências que nunca deixaram de subsistir.
Mas nem é a Selecção o principal critério de análise a uma direcção federativa (mesmo sendo ela a sua grande fonte de financiamento). O futebol das divisões secundárias quase morreu neste período, não se tendo visto o mais pequeno esforço para o compatibilizar com os paradigmas dos novos tempos.
As selecções jovens, com a honrosa excepção do último Mundial de Sub-20, eclipsaram-se. Os quadros competitivos continuam desfasados da realidade, e reféns de interesses menos claros. E embora sem responsabilidades directas no assunto, não me lembro de ouvir um pio a Madaíl quando escutas telefónicas demonstraram ao país a corrupção em que navegava o nosso futebol.
Por tudo isto, Gilberto Madaíl não irá deixar saudades."
Por tudo isto, Gilberto Madaíl não irá deixar saudades."
Luís Fialho, in O Benfica
Numa coisa a gente tem de dar o braço a torcer: O merdail inaugurou a moda de pintar o cabelo de amarelo.
ResponderEliminarSem merdail secalhar hoje não nos tinhamos rido tanto