"O ano passado chegou a ser um suplício. O começo comprometedor de Roberto, apresentado como solução para a baliza do Benfica, deixou os adeptos sobressaltados e descrentes das potencialidades do jovem guardião. Verdade que, a página tantas, até se reabilitou, assinando alguns desempenhos auspiciosos. Só que na fase conclusiva da temporada, Roberto voltou a hipotecar objectivos, ainda que todo o colectivo tivesse responsabilidades.
Roberto entrou mal e saiu menos bem. Trata-se de um jovem que tem tudo para crescer, mas mostrou-se incapaz de dar confiança aos torcedores da causa rubra. A sua saída era uma inevitabilidade e, em matéria financeira, Luís Filipe Vieira demonstrou mestria inigualável.
Com Artur e Eduardo, esta época, o Benfica não garantiu uma solução, antes duas soluções. A dupla, pelo menos no contexto nacional, é de fazer inveja aos opositores. Trata-se de dois guarda-redes de amplos recursos, susceptíveis de conferirem serenidade e optimismo permanente, logo num posto específico da maior responsabilidade.
Num longo desfile, salpicado de vitórias e alegrias múltiplas, aqui de podem invocar, respeitantes às últimas décadas, Bastos, Costa Pereira, José Henrique, Bento, Silvino, Neno, Preud'Homme. Quanto vale um grande guarda-redes numa equipa ambiciosa? Pode valer triunfos? Pode mesmo valer títulos.
Artur e Eduardo são as chaves do castelo defensivo do Benfica. Podem, e devem ser também, as chaves de um problema que urgia resolver. As redes vermelhas estão, ao que tudo indica e já deu para ver, bem entregues, muito bem entregues. A confiança regressou e com ela a esperança em coisas bonitas."
João Malheiro, in O Benfica
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