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sábado, 18 de novembro de 2017

Jamor é uma prioridade

"Contra o V. Setúbal, que simula uma crise, só pode entrar a melhor equipa. Não se aceita outra alternativa.

Volta o futebol para dentro das quatro linhas, o que tem a grande vantagem de diminuir o espaço mediático do lixo tóxico que anda fora do relvado. Para quem gosta do jogo, quem quer ver o jogo e não vive dos negócios à sua volta, é uma excelente notícia. Venha a Taça de Portugal, e a sua festa. Venham adeptos, famílias e golos. Venha o fora de jogo mal assinalado, o remate por cima da barra e o passe de trivela, venha tudo, ou qualquer coisa, menos o que temos tido.
O Benfica recebe sábado o Vitória de Setúbal num jogo de todos os perigos. O Setúbal simula uma crise, quando ocupa um lugar dentro do expectável para os seus recursos, na classificação. O Setúbal está nas duas taças com percursos imaculados. O Setúbal é especialista em criar dificuldades ao Benfica, independentemente de estar melhor ou pior classificado. Os Vitórias (de Setúbal e de Guimarães) são os únicos clubes que, no século XXI, venceram nesta prova uma final ao Benfica. Queremos estar no Jamor, é uma prioridade e, por isso, contra o Vitória de Setúbal, só pode entrar a melhor equipa, com a maior motivação e a máxima competência. No Benfica não se aceita outra alternativa, mas convinha fazer a pedagogia das dificuldades, para não haver surpresas.
Por falar em surpresas, vimos o mundo do futebol admirado por ver a Itália fora do Mundial. Não temos Buffon, mas teremos Lindelof na Rússia. Não foi a maior surpresa, nem foi um desfecho injusto. A Suécia mereceu e procurou a sorte nesta eliminatória contra os transalpinos, numa classificação onde para mim o maior alarido se devia fazer com a ausência da Holanda do próximo Mundial. Tantos jogadores de qualidade, tanto talento, tantas soluções e não conseguem fazer uma selecção de top? Posso sugerir dois ou três nomes de treinadores portugueses que punham aqueles jogadores holandeses a lutar pela conquista de um Europeu ou Mundial. Essa, sim, é a grande ausência da Rússia.
Rússia onde estaremos na quarta-feira com vontade de vencer, não para apagar uma má campanha europeia, mas para lutar pela ténue hipótese de continuar na Europa. Para quem chega a Moscovo com zero pontos, os zero graus que nos esperam parecem-me um castigo justo."

Sìlvio Cervan, in A Bola

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