"Jorge Jesus foi o melhor até na hora de ganhar. Quando o apito soou, no fim do jogo contra o Olhanense, houve a natural explosão de alegria nos quatro cantos do mundo onde vivem portugueses, e não só, apaixonados pelo Benfica. Isso é repetido e não constituiu novidade. São 33 títulos de campeão nacional, cada um com a sua história, e todos juntos são muito da nossa história.
Num clube onde treinadores húngaros ganharam o dobro dos títulos que treinadores portugueses, escutar Jorge Jesus foi o desmentido de todos o quantos o atacavam. Foi simples e natural, estava feliz e foi autêntico, dedicou o título um por um a todos, não esqueceu adeptos, colaboradores, jogadores e dirigentes. Dedicou e lembrou à nossa memória colectiva, honrou a nossa história e passou a fazer parte dela em letras gigantes. Eu que aqui tantas vezes o defendi nas derrotas e nos resultados menos bons, deixo-lhe o mais sincero dos obrigados.
É bom ir ao futebol, ver equipas treinadas por si. Não faz tudo bem, não faz sempre bem, mas é indiscutivelmente um dos melhores treinadores de futebol da história grandiosa do nosso Benfica.
Jorge Jesus pode, 27 anos depois, conseguir a dobradinha. Vencer no Jamor é tudo que lhe peço, na última dobradinha, não tinha sequer idade para votar.
No ano em que vimos partir Eusébio e Coluna, sentimos que o passado glorioso está amarrado a um futuro de igual dimensão, essa é a nossa maior alegria. Este título tem uma grande novidade, foi o primeiro visto por milhões na televisão do clube, ser campeão na Benfica TV é como festejar o Natal em Belém, reforça o sentimento de pertença e aumenta o orgulho de cantar o hino.
Somos mesmo de um 'clube ganhador' e vamos continuar a cantá-lo por muitos e muitos anos, contra ninguém mas apesar de muitos.
Com tantas limitações e uma arbitragem como a de ontem, sair vivo para disputar em Turim a presença na final é um feito."
Sílvio Cervan, in A Bola
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