"Cumpre-se, com a inauguração do Museu Cosme Damião, mais do que uma promessa presidencial, um anseio de todos os benfiquistas. Temos os nossos alicerces bem cimentados numa História de que nos podemos orgulhar. Sabemos quais as nossas origens e temos a noção de que sem elas seríamos uma massa desenraizada e condenada ao efémero. A nossa perenidade vive num permanente anseio de futuro quase messiânico e numa evocação orgulhosa do passado. Fomo-nos construindo Benfica, agindo com os diferentes tempos. Soubemos, na sociedade, ser resistência quando os tempos queriam obrigar o país à modorra passiva. De igual forma sabemos dizer “não” à corrupção desportiva quando os tempos no-la apresentam em apitos ameaçadores em tons de dourado. Pelo meio somos vitórias, cicatrizes, dores, sorrisos, luta e resistência.
Tudo isto teria de estar presente no nosso Museu. Não poderia ser um depósito brilhante de troféus e ‘memorabilia’. Teria de ser um espaço que nos remetesse para o Benfica como agente do seu tempo e para os benfiquistas como alma do Clube. Ao visitar o Museu percebemos bem que estes anseios estão lá orgulhosamente cumpridos. Simbolicamente, podemos vê-los naquele corredor que permite a subida ao primeiro andar, aquele momento em que visualizamos o Benfica como uma realidade bem maior do que um clube; aquele momento em que sentimos que o Benfica se construiu construindo o tempo, o seu tempo. O tempo que, através do Benfica, é o nosso tempo e que podemos e devemos viver e reviver, em sucessivas visitas, para que nos inspire a construir o tempo futuro do nosso Benfica."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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