"1. As eleições autárquicas aí estão. Em Lisboa, os dois principais candidatos são benfiquistas, um deles pouco interveniente, o outro muito 'visível' mas bem pouco útil. Um já mostrou que não está na Câmara para fazer 'fretes' ao Clube, o outro também não é pessoa para o fazer. Louvável em ambos os casos.
Já no Porto as coisas são diferentes. os três principais candidatos, ou são adeptos do FC Porto, ou já o serviram de forma mais ou menos interessada. Um deles é membro do Conselho Superior do clube.
Outro é um dos seus mais acérrimos defensores em debates de colunas de jornais. O terceiro é protagonista de um dos maiores escândalos autárquicos de que há memória em Portugal: a oferta ao clube de um centro de treinos na cidade que dirige (Gaia). É mesmo um dos principais exemplos que o Diário de Notícias publicou na sua investigação da semana passada. A autarquia gastou 16 milhões de euros no centro de treino que serve unicamente o clube e recebe de renda 500 euros mensais, como se fosse um simples andar. Ou seja, titula o jornal, o 'FC Porto levaria 2666 anos para pagar o centro do Olival', um complexo desportivo com mais de 80 mil metros quadrados. Pelo meio, há ainda uma Fundação PortoGaia, detida maioritariamente (51%) pelo clube, e há relatórios bem negativos da Inspecção-Geral de Finanças. Curiosamente, o presidente de Gaia que deu tudo isto ao FC Porto não descansou enquanto não se tornou candidato do seu partido à autarquia do Porto, pensando certamente contar com a simpatia dos adeptos do clube na votação. Adeptos que, apesar dos apelos de Pinto da Costa, estão longe, pelos vistos, de ser decisivos, já que Rui Rio, apesar da sua louvável independência face ao clube e da animosidade do seu presidente, ganhou as sucessivas e autárquicas a que concorreu.
2. Que jornada tão estranha. O FC Porto foi (finalmente!) prejudicado por uma arbitragem. O Sporting, que muito se queixa mas vinha sendo ajudado, foi prejudicado por uma Xistrada, Só o Benfica 'soma e segue'. Desta vez foram dois foras-de-jogo inexistentes que deixavam os nossos avançados isolados e uma grande penalidade indiscutível, que não foi marcada. Felizmente, não fizeram falta. Mas o triunfo (sem contestação) poderia ter sido mais descansado..."
Arons de Carvalho, in O Benfica
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