"Escrevi, na passada quarta-feira, um artigo de opinião aqui, na Tribuna Expresso, onde expressava a minha surpresa pelo facto da retoma do futebol profissional ter sido planeada, preparada e aprovada sem que fossem consultados os três agentes directos do jogo: árbitros, treinadores e jogadores.
Apesar de, nessa matéria, o processo decisório pertencer exclusivamente a quem tem competência para o efeito, o facto de tratar-se de um recomeço atípico, com carácter de excepcionalidade (até pelos múltiplos riscos de saúde envolvidos para quem estará no terreno de jogo), fez-me estranhar essa ausência de diálogo.
Essa opinião foi sustentada no facto dos representantes das três classes terem estado ausentes da reunião promovida pelo Sr. Primeiro-Ministro (onde estiveram outras entidades do futebol) e também no facto de várias pessoas directamente ligadas ao meio terem confirmado, de forma "inequívoca", essa situação.
Posteriormente, vim a saber que, pelo menos, os jogadores - através do seu Sindicato Profissional - não só estiveram dentro do processo como também contribuíram activamente para o regresso ponderado da competição, apresentando um conjunto válido e concreto de sugestões e ideias.
Opinar e comentar é importante mas só faz sentido se sustentado em ideias com fundamento, lógica e, sobretudo, verdade. No caso concreto, torna-se agora claro que uma das minhas observações não correspondeu à realidade, situação que obviamente lamento, deixando desde já o meu sincero pedido de desculpas aos visados.
Sou e serei sempre um dos primeiros a criticar a falta de rigor em comentários públicos, pelos perigos que acarretam na (de)formação de opinião e na sua capacidade em aumentar o rumor e a desinformação.
Serei também sempre o primeiro a assumir quando cometo o mesmo equívoco, sabendo que a vida é, de facto, uma aprendizagem constante.
O seu a seu dono."
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