"Pelo segundo ano consecutivo, o Benfica está entre as oito melhores equipas da Europa.
Tal não ocorria desde a gloriosa década de 60: em 67-68, o nosso clube disputou a final da então Taça dos Campeões em Wembley frente ao Manchester United, e na temporada seguinte caiu nos quartos-de-final da prova aos pés do Ajax. Desde então, não mais voltámos a chegar tão longe em anos consecutivos, apesar de, globalmente, contarmos já 20 presenças nesta fase (para 11 do FC Porto e apenas 1 do Sporting).
É lugar-comum dizer-se que quem chega até aqui pode vencer. Matematicamente, é verdade. Realisticamente, sabemos que há três ou quatro clubes com muito maior potencial financeiro e desportivo, os quais dificilmente algum outsider pode derrubar. Nos últimos 12 anos, os vencedores da Champions encontram-se em apenas três países (Espanha, Inglaterra e Alemanha). Há quase 20 anos que nenhum clube português chega às meias-finais. Desde 2005, à margem dos chamados 'big five', apenas o Ajax (em 2019) ultrapassou-os quartos. As diferenças de orçamento, e a consequente acumulação de talento, têm vindo a acentuar-se. E sinceramente não vejo como inverter o ciclo.
Há que reconhecer, pois, que o sorteio pode determinar as ambições do Benfica na competição, embora seja muito o que já conseguiu - sobretudo para quem veio das pré-eliminatórias, e se deparou com um grupo fortíssimo.
Por agora, no contexto actual, somos apenas candidatos a dar um passo em frente. Se os astros se alinharem, se o conseguirmos, se alcançarmos as meias-finais, já estaremos a escrever história e a impressionar o mundo."
Luís Fialho, in O Benfica
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