"No passado 5 de Fevereiro, a equipa principal de futebol do SL Benfica empatou a zero, na Catedral, com o Vitória SC, de Guimarães. Remates foram mais de duas dezenas, cantos ficaram pelos 9, oportunidades claras, uma mão-cheia, e quanto à posse de bola, 65%. Era jogo para dar resposta, para ganhar, mas deu empate, e ficámos mais longe do 1.º lugar. O que é que faltou? Os especialistas dizem que faltou eficácia, que este não é o Benfica que devia estar a arrasar e a jogar o triplo. Tudo certo, não há como contesta a realidade do jogo jogado.
O que eu contesto é a análise às causas. Horas e horas de 'debate' televisivo, páginas e páginas de comentários e posts em blogues e nas redes sociais apontam como razões para os maus resultados 'a falta de qualidade dos jogadores', 'Jorge Jesus estar diferente' ou 'a direcção não estar a fazer o seu trabalho'. Acharia divertido, se não fosse tão ridículo.
Já o escrevi aqui muitas vezes e já o disse também na antena da BTV: todos temos formas diferentes de viver o Clube, mas insultar quem veste a nossa camisola e está à frente dos nossos destinos é só triste.
Menoriza-se o impacto da covid-19, aponta-se o dedo constantemente às opções da equipa técnica, cataloga-se como falhadas algumas contratações, todos acham que fariam melhor, mas será mesmo assim? Querem mesmo saber o que falta?! Além de estar solucionada toda a conjuntura pandémica que estamos a experimentar, faltamos nós, os adeptos.
Alguém tem dúvidas de que, no jogo com o Guimarães, com o estádio cheio, a atacar para a 'baliza grande', obrigados a vencer, e empurrados pelas nossas vozes, a bola não entrava? Entrava, sim. E mais do que uma vez.
O clube do povo sente a falta dos seus. Claro que podemos criticar e exigir mais, mas acima de tudo sentimos falta de puxar pelos jogadores em campo. E acredito que eles também tenham saudades nossas."
Ricardo Santos, in O Benfica
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