"«É possível que me apaixone por um jogador que não está na equipa B nem nos sub-23 que possa dar o salto direto. Os treinadores são todos diferentes relativamente à forma como avaliamos o potencial»
José Mourinho, treinador do Benfica, na conferência de imprensa de sexta-feira
Há um momento certo para um treinador de futebol apostar em jovens? Não exatamente. Mas há momentos errados.
Pode ser tentador, por exemplo, fazê-lo quando os resultados não estão a aparecer — uma forma de dar uma injeção de energia à equipa, de pôr em causa comportamentos de veteranos; e às vezes resulta, mas é profundamente injusto para quem é lançado nessas circunstâncias.
A probabilidade de as coisas correrem bem é menor do que quando a equipa está num bom momento, e muitos miúdos ficam com o destino traçado porque não aproveitaram essa primeira oportunidade, como se a responsabilidade fosse deles.
Mas ao ouvir ontem Mourinho, em conferência de imprensa, apercebi-me de outro momento pouco indicado para lançar jovens: em cima dumas eleições disputadas.
O treinador do Benfica anda a ver treinos dos juniores e dos juvenis, mas não esperem que agarre num miúdo de 16 ou 17 anos e o ponha a jogar em Guimarães, ou com o Leverkusen.
Vamos supor que o faria com um lateral-esquerdo. Por muito bom que fosse, por muito bem que respondesse, a conversa cairia inevitavelmente no facto de ter passado esse miúdo à frente de Rafael Obrador, contratado no último verão por 5 milhões de euros. Seria quase uma tomada de posição em relação à política desportiva das águias que poderia influenciar as eleições."

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