O Natal é vermelho

"Já faz parte da tradição nos países onde o Natal é celebrado. O tom da época de  Festas é vermelho. Encarnado, para quem o preferir. Sejam as decorações, os embrulhos ou a vestimenta da versão contemporânea (revista e comercializada) de um tal de São Nicolau. Mais do que nunca (vá, pelo menos nos tempos mais recentes) é necessário que a equipa de futebol do SL Benfica confirme o vermelho como cor da temporada. Não só no Natal, claro, mas também daqui até Maio, aquele mês do ano em que alguma gente recupera os cachecóis e as camisolas do Glorioso para fazer o que pouco fez nos meses anteriores: apoiar incondicionalmente.

Não me importo nada de esperar até Maio para abrir este presente em forma de 39. Depois de um início de época tumultuoso e conturbado, com decisões difíceis perante e contestação, Bruno Lage e a sua equipa técnica devolveram a capacidade de acreditar aos adeptos e, acima de tudo, aos jogadores. Um plantel valiosíssimo, em termos humanos e futebolísticos, que precisava disto. Chegar a este momento do ano, olhar três meses para trás, e ver a posição em que nos encontramos no campeonato, além da dinâmica de crença e de vitórias conseguida, foi a melhor prenda que recebi neste ano desportivo. Não era possível que esta equipa não jogasse e ganhasse mais do que o que fazia. Um passo atrás foi, de facto, a melhor forma de dar dois em frente.

Só dependemos de nós tem sido a mensagem nesta época. Nada de novo, olhando para o panorama que se avizinha nos próximos tempos para a Liga de Clubes e para a Federação Portuguesa de Futebol - temos mesmo que só depender de nós."

Ricardo Santos, in O Benfica