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domingo, 2 de dezembro de 2012

Grande farra no adeus à Taça

"Vítor Pereira tinha a "máquina" afinadíssima sobre o carril e, com a ajuda irresponsável de Castro e Danilo, "ofereceu" a "carta de alforria" a José Peseiro e a "ressurreição" ao Braga. Quando no final do jogo Vítor Pereira assumiu a responsabilidade da gestão da equipa (sem Moutinho nem Lucho de início; sem Jackson Martínez... no tempo todo!) estava claro que o técnico portista havia estragado o que vinha parecendo perfeito. Já na Taça, perante o frágil Santa Eulália, Vítor Pereira passara a má experiência de uma revolução no onze-base. Repetiu-a! Não era preciso fazer nada; bastava não mexer para... não estragar. O jogo com o PSG é só daqui a quatro dias, com tempo de recuperação, pelo que o FC Porto deu em Braga a imagem oposta do seu ADN: facilitismo e alguma irresponsabilidade. A começar pelo treinador e a acabar nalguns jogadores, com particular enfoque nos já citados Castro (vai "calçar" mais?!...) e Danilo (uma "flor" naquelas circunstâncias?!).
Queixam-se os portistas de uma má arbitragem de Benquerença, alegando excesso de zelo em matéria disciplinar. As consequências não terão sido piores porque, como já acontecera com Carlos Xistra no jogo para o campeonato, a turma portista começou por beneficiar de uma grande penalidade não assinalada, quando em plena área Fernando puxou os calções a Hugo Viana.
Foros de escândalo chegaram a pairar sobre Braga, porque tornava-se evidente a protecção dada pelo árbitro de Leiria ao FC Porto. Parecia vassalagem. Na partida de há cinco dias, os campeões nacionais ainda haviam praticado futebol de boa qualidade, antes do "golpe final" nos últimos minutos desse jogo para a Liga. No encontro de ontem, tal a profusão de erros, deu a sensação de que o FC Porto não queria ficar na Taça. As entradas duras, as más escolhas do onze, as substituições tardias e o descontrolo emocional constituíram algo de anormal numa época em que os portistas têm exibido competências.
No domingo passado, o Sp. Braga foi prejudicado pela arbitragem de Carlos Xistra e abateu-se um estranho silêncio entre os responsáveis bracarenses. António Salvador rebelara-se em Alvalade e optou pelo silêncio quando os prejuízos se revelaram nos jogos com o FC Porto. Mesmo com vassalagem, eliminação da Taça. Há outra hipótese: desprezo total pela competição, com o Braga a aproveitar e a... agradecer o presente (antecipado) de Natal.
Estranho Porto este, completamente ao contrário da equipa séria e competente que tem jogado na Liga e na Champions. Fica, contudo, a certeza de que foi uma noite muito má de Vítor Pereira, na "grande farra" de Castro, Danilo e... Olegário.

JARDIM DAS ESTRELAS
João Tomás dá que pensar
Quando dois pontas-de-lança de equipas "pequenas", como são os casos de Meyong (V. Setúbal) e João Tomás (Rio Ave), se mostram competitivos em relação às grandes "estrelas" goleadoras do campeonato português, como o portista J. Martínez e o benfiquista Cardozo, não se pode deixar de estabelecer uma relação entre o rendimento e as compensações: no âmbito desportivo e no plano financeiro.
São dois jogadores muito experientes, com mais de 30 anos; João Tomás é um caso raro de longevidade, com quase 40 e, se mantiver a média que conseguiu no primeiro terço da Liga, conseguirá pulverizar o recorde de golos que alcançou na Académica, antes de ingressar no Benfica.
Alguns clubes preferem apostar em alegados "craques", gastando milhões. Porquê?
Dá que pensar.

O CACTO
"Xistrema"
Não há nenhuma equipa de futebol que consiga conquistar títulos a nível nacional internacional se não demonstrar competências técnicas e tácticas. As arbitragens, contudo, podem ser uma importante alavanca na obtenção de algumas dessas vitórias. Basta não marcar um penálti (evidente) quando o resultado ainda está incerto ou promover, por exemplo, uma expulsão injusta. Os erros de arbitragem ajudam as equipas a cumprir o seu caminho, como aconteceu com Xistra em Braga. E com Olegário a história não se repetiu... porque o FCP eliminou-se.

TEMPO EXTRA
Humilhação leonina
O Sporting chegou a um ponto de pré-ruptura porque os dirigentes, no pós-João Rocha, nunca entenderam uma coisa comezinha no futebol: as estruturas devem ser simples, com um centro de comando que deve estar na presidência. Essa presidência (que entenda de futebol) tem de saber lidar com os princípios basilares do exercício da liderança. É preciso impor silêncios e gerir esses silêncios. O Sporting, em vez de se fechar, com uma organização mais vertical do que horizontal, abre-se a todo o tipo de desvarios. Cabe lá na cabeça o presidente de um clube, seja ele qual for, ir a um Conselho (Leonino), com uma cruz sobre os ombros e as mãos atadas, e submeter-se a um ror de acusações e insinuações e sair de lá humilhado mas devidamente legitimado e... aconselhado?
O Sporting precisa de um líder na presidência e de um líder no balneário, que feche as portas da cabina no intervalo dos jogos. Parece difícil, depois de se alimentarem tantos egos."

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