"A propósito da conversa estapafúrdia de ir a votos em junho ou julho
«É muito importante para um novo Benfica que seja a nova direção a preparar a nova época»
Cristóvão Carvalho, candidato à presidência do Benfica
O Benfica vai a votos em outubro, mas há quem defenda a antecipação das eleições.
Cristóvão Carvalho, que na terça-feira assumiu em A BOLA a candidatura à presidência da Direção, é uma dessas pessoas. Diz, aliás, como se fosse um trunfo, que foi o primeiro a falar nisso e que outros foram atrás. O argumento? Que deve ser «a nova Direção a preparar a nova época», como afirmou nesse mesmo dia, horas depois, na Rádio Renascença, propondo a realização do ato eleitoral a seguir ao Mundial de Clubes.
Parece-me um princípio preocupante, de total falta de noção. Se um candidato à presidência dum clube, do Benfica ou de outro qualquer, acha que quem vencer umas eleições no fim de junho, ou princípio de julho, vai preparar a época de futebol que começa 15 dias depois só pode ser ingénuo ou estar altamente impreparado. Ou os dois.
Entre orçamentos, renovações, contratações, vendas, estágios, jogos de preparação, logística, a época que se inicia em julho tem de começar a ser preparada em fevereiro ou março, se calhar até antes, pensando nos jogadores que podem assinar a seis meses do final dos contratos.
Atendendo ainda aos códigos das sociedades comerciais, que impõem que nas SADs as alterações nas administrações respeitem prazos e demorem tempo (veja-se o caso de André Villas-Boas no FC Porto), um presidente eleito no início de julho só em agosto estará a mandar no futebol. É nessa altura que se prepara uma época?"

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