"Miguel Leal, talvez com excesso de humildade, afirmou na projecção do jogo com o FC Porto, que «as probabilidades de vitória do Moreirense» eram de 0,01 por cento, o que, para bom entendedor, soava a prenúncio da derrota. Julen Lopetegui, apesar de desconfiar de tamanha generosidade, sentiu que a situação lhe era favorável e espraiou a petulância que o tem caracterizado desde que chegou a Portugal ao anunciar que iria insistir no modelo de rotatividade através de «um onze completamente novo».
Cada um sabe de si e deve assumir as responsabilidades pelas decisões que toma. Na última época, o Benfica foi campeão, embora o melhor plantel fosse o do FC Porto. Na presente temporada, essa diferença acentuou-se em consequência da retracção benfiquista em matéria de gastos e de outro ousado investimento portista. Segundo opinião consensual, mora no Dragão um plantel que é muito superior, em quantidade e qualidade, aos de Alvalade e da Luz. Objectivamente, o FC Porto perdeu dois pontos na visita a Moreira de Cónegos e adverte para uma falha já identificada pelo próprio Lopetegui: o seu jogo é previsível. Ou seja, o treinador basco, continuando sem revelar uma ideia clara do que pretende, enreda-se na abundância de boas soluções que tão rico plantel lhe permite. Depois, a sua teimosia faz o resto... Não ser capaz de ganhar a um adversário que apenas reclamou 0,01 por cento de favoritismo é, no mínimo, estranho. Além de convidar a reflexão por parte da administração portista: se Lopetegui não muda, não deve existir plantel que lhe sirva...
Resultado bem recebido, portanto, por Sporting e Benfica. O primeiro pode ficar líder se tiver sucesso na difícil viagem ao Bessa. O segundo recebe o Paços de Ferreira e se vencer recupera dois pontos ao FC Porto. 'Sábado gordo' em perspectiva, para confirmar os três candidatos prometidos por Jesus."
Fernando Guerra, in A Bola
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