"Tudo começou - vale a pena recordar - com a mais vigorosa indignação do treinador da equipa que de Belenenses SAD achou nome. Um incidente que poderia ter ficado no segredo dos DDT (deuses disto tudo), mas que câmara improvável da SIC registou, criando um facto de indiscutível interesse público. A dúvida legítima que se gerou foi se um treinador de futebol profissional, agrediu um seu colega de profissão, durante uma desavença entre o campo e os balneários.
Havia uma pergunta simples que os jornalistas tinham obrigação de fazer: Verdade ou mentira? E havia uma resposta simples que os protagonistas teriam de dar: Sim ou não!
Os jornalistas fizeram o seu papel e fizeram a pergunta. Os protagonistas recusaram a resposta. E se um dos casos - o do presumível agressor - tem uma justificação que se inclui no direito à sua defesa, já o silêncio do acusador, do indignado agredido, levanta as mais pertinentes suspeitas.
Mas mais grave do que o silêncio do suposto agredido, foi a intempestiva e desorientada intromissão do presidente da SAD da sua equipa, trazendo a público umas despropositadas contas de resultados que não fazem qualquer sentido, no que respeita à simples questão colocada. Nunca esteve obviamente em causa a seriedade profissional dos jogadores e dos treinadores da equipa do, ainda, Belenenses SAD. Está em causa - e agora de forma mais evidente - haver ou não haver um sombrio conluio e interessantes obscuros que se conjugam para esconder a realidade de factos ou a sua firme negação.
No contexto conhecido, as contas apresentadas parecem apenas contas de sumir... responsabilidades."
Vítor Serpa, in A Bola
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