"Se ainda subsistissem dúvidas acerca da retoma exibicional do Benfica a goleada frente ao Famalicão tirou-as, uma por uma. Uma equipa que jogou em todo o campo, foi intensa na recuperação da bola e harmoniosa quando atacava. A melhor forma de aferir o estado de saúde de uma equipa de futebol é olhar para as caras dos jogadores. E o que se vislumbra em Pizzi, Vinícius, Gabriel ou Taarabt são expressões de tipos que estão realmente a ter um enorme gozo no que estão a fazer. Porque mais do que o resultado, o Benfica parece ter-se reconciliado com a estética, reencontrando-se com o legado criado por Bruno Lage. O treinador das águias teve algumas dificuldades para devolver aos seus adeptos o nível de espectacularidade da segunda volta de 2018/2019 mas todos já perceberam que encontrou a fórmula para, finalmente, substituir João Félix: não podendo encontrar um igual, juntou Taarabt, Gabriel e Chiquinho para darem a mesma criatividade do actual jogador do Atl. Madrid e libertarem Pizzi para aquela que poderá vir a ser a melhor temporada do internacional português. Já não foi a tempo para conseguir uma qualificação para os oitavos de final da Champions (era um objectivo perfeitamente exequível) mas chega e sobra para manter-se líder um campeonato médio-baixo ao nível da qualidade de jogo. Seria positivo para a competição que esta retoma exibicional das águias obrigasse os seus mais direitos rivais a subirem a fasquia, a bem de espectáculo e de um campeonato que se orgulha de ser o mais representado na Liga Europa. Mas talvez seja pedir muito. E por isso o Benfica parece ser, agora mais do que nunca, o grande candidato ao título."
Fernando Urbano, in A Bola
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