"Sou sincero: assisti, em directo, ao penálti sobre o Bas Dost no jogo do Sporting frente ao Chaves, e para mim não há qualquer margem para dúvidas: é penálti claríssimo. Não compreendo sequer como é possível alguém ousar afirmar o contrário. Estranhei, isso, sim, a carência de apreciações negativas à vergonhosa arbitragem de João Pinheiro que, a meu ver, deixou muito a desejar no Tondela-Benfica. Contei 327 grandes penalidades por assinalar por puxões na área, 150 tentativas de furto à camisola do Rúben Dias e 89 tentativas de homicídio por estrangulamento ao Jonas - ao serem arrastadas, a camisolas devem aleijar e bem no pescoço. Quando este tipo de comportamento extremamente violento não é devidamente ajuizado, torna-se muito complicado dar a volta, mas felizmente o Benfica conseguiu. Talvez o problema seja a falta de informação. Provavelmente, alguns jogadores não sabem que o momento para a troca de camisola é no final dos jogos e não no decorrer dos mesmos. Até compreendo: se eu jogasse contra o Benfica, também teria alguma dificuldade em aguardar pelo apito final para ficar com a camisola do Jonas.
Pese embora o jorro de críticas, também ouvi algumas vozes mais isentas e ponderadas a defenderem que Tiago Martins, o árbitro desse jogo do Sporting, se limitou a cumprir as regras, corroborada pelo VAR. Ora nem mais. Limito-me a acrescentar que todos os árbitros deveriam seguir este critério nos puxões de camisolas e assinalar sempre falta. Assim, era da maneira que os jogos passariam a durar cinco a seis horas, e os 35€ que os benfiquistas gastam em média nos bilhetes para os encontros fora de casa seriam devidamente justificados."
Pedro Soares, in O Benfica
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