"O juiz de Instrução Criminal do Tribunal do Barreiro fez com Bruno de Carvalho e Mustafá exactamente o mesmo que tinha feito com os restantes indiciados pela invasão a Alcochete: ouviu o Ministério Público, ouviu os arguidos, fez a interpretação legal das conclusões a que chegou e aplicou medidas de coacção. Nuns casos optou pela prisão preventiva, noutros, mais precisamente nos do ex-presidente e do líder da Juve Leo, entendeu que uma caução de setenta mil euros, complementada com apresentações diárias nos órgãos de polícia criminal das áreas de residência, seria suficiente. Em todas as situações a justiça foi servida, não foi má nuns casos e boa outros, parou-se exactamente pela medida entendida como certa por quem de direito. O que é certo é que 38 dos 40 arguidos na sequência da invasão a Alcochete estão presos preventivamente e os outros dois foram sujeitos a medidas de coacção severas. E estando o ex-presidente do Sporting colocado na posição ingrata de ter de apresentar-se diariamente às autoridades, daí não decorrerá nenhum benefício para o clube na batalha jurídica que o opõe a quatro dos jogadores que rescindiram contrato. Frederico Varandas, que tem dado uma imagem de ponderação neste âmbito específico, deve, creio, prosseguir na senda do diálogo, parecendo evidente que um mau acordo poderá vir a mostrar-se melhor do que uma boa demanda. O pecúlio final poderá não ser o mais interessante para o Sporting, mas disso não tem Varandas quaisquer culpas. Houve quem, em Alvalade, partisse a loiça e a missão do actual presidente neste início do mandato passa por colar os cacos..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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