"A frase é-nos familiar. Muito familiar.
Tão familiar como as vezes que o nosso camisola dez marca golos no Estádio da Luz. E marca muitos.
Não só na Luz. Marca em todo o lado e de todas as maneiras. Marca com os dois pés, com a cabeça, de bola parada, de bola corrida, ao sol, à chuva, de dia, de noite. Se as minhas conta não falham, já lá vão 126. 126 golos de águia ao peito, em pouco mais de quatro temporadas completas, mesmo com problemas físicos pelo meio. Uma média de golos por época que só perde para Eusébio e José Águas. Notável!
Resgatado ao Valência a custo zero, terá personificado, porventura, o mais feliz negócio da história do clube. Mas não se trata apenas de um goleador. Trata-se de um grande jogador. Com os pés de veludo e uma inteligência ímpar, é dele que parte, ou por quem passa, quase todo o futebol ofensivo da nossa equipa. Uma mistura radiosa entre Pablo Aimar e Óscar Tacuara Cardozo. Um 'nove e meio' da excelência que merecia música sempre que toca na bola. Na minha opinião, e não hesito em dizê-lo, é o melhor jogador do Benfica deste século.
Jonas Gonçalves Oliveira.
É como se chama. 'Pistolas', o nome de guerra. Dentro de campo, foi ele o nome do tetra. E um dia - esperemos que daqui a muito tempo - ainda vai deixar fortes saudades. Um dia, quem estiver vivo, ao recordar esta década, falará certamente dos 'tempos do Jonas', e do 'Benfica de Jonas'.
Cada vez que me delicio a vê-lo jogar, só uma dúvida me assalta o espírito: por onde andou este craque até cá chegar? Como foi possível passar ao lado dos grandes tubarões do futebol europeu?
Sorte a nossa."
Luís Fialho, in O Benfica
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