"56.º melhor marcador de sempre do Benfica, com 54 golos em apenas época e meia, Jonas vai comprovando, semana após semana, o acerto de uma contratação que muitos se apressaram, ainda o homem não tinha pisado o relvado, a rotularem de falhanço. Sete vitórias consecutivas e 12 triunfos nos últimos 13 jogos disputados no Campeonato Nacional perfazem o percurso recente que nos aproximou da liderança da competição, contrariando os arautos da desgraça, mais lestos a apontarem culpados e a insultarem os optimistas e pacientes que a reconhecerem a extemporaneidade e a desfaçatez dos seus juízos.
54 golos marcados, à 20.ª jornada, "sem" ideia de jogo (seja lá o que isso for!), treinador, plantel ou estrutura, a boicotarem o botabaixismo militante, tão inútil quanto comum, próprio de uma estranha forma de vivência Benfiquista. Estou certo que se farão notar à primeira escorregadela. Ou, quem sabe, no Marquês, que também é preciso quem critique a festa mais desejada.
Por falar em atitudes demasiado gastas de tão vistas que estão, encontrei, por andar a pesquisar jornais publicados em 1986, uma declaração de Octávio Machado: "Têm sido cometidas muitas maldades para que o FC Porto não seja campeão". Trinta anos deste discurso patético e ainda há quem o leve a sério?
Diz o ditado que homem pequenino, ou velhaco ou dançarino. E já houve quem, referindo-se ao agricultor de Palmela, tenha afirmado que não consta que saiba dançar. Por acaso até terá dançado quando, há poucos meses na BTV, e ainda sem clube, se fartou de elogiar o Benfica. Deve ser frustrante para um "Benfiquista", nas pausas do cuidado das hortas, andar sempre a atacar o Benfica."
João Tomaz, in O Benfica
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