"É verdade que estamos num Mundo de vale tudo, onde os valores morais são cada vez mais desconsiderados, em que o desrespeito e a falta de educação atingem proporções que incomodam e perturbam gente de bem ou pelo menos gente que ainda se rege por alguns princípios. O futebol é o reflexo da sociedade em que vivemos e o nosso futebol, especialmente esta época, tem-nos oferecido alguns péssimos exemplos.
A discussão nivela-se por baixo (muito por baixo), o insulto e a ofensa saltam de forma gratuita, tudo isto para gáudio de uma ruidosa maioria que se delicia quando os 'seus' amesquinham e espezinham os 'inimigos'. A batalha tribal tem direito a espaço nobre porque joga com os piores instintos e dá audiências. Não há debate de ideias. há apenas gritos, insinuações e injúrias.
É com esta realidade que temos coexistido. Uns de forma confortável, outros não: uns colaborando na algazarra, outros preferindo o silêncio. Mas todos assistimos e testemunhamos, todos somos culpados e todos somos vítimas destas guerras.
Sendo assim, não nos podemos espantar com comportamentos como aquele que um grupo de energúmenos supostamente adeptos do Benfica, protagonizou ao roubar uma camisola oferecida por um jogador do FC Porto a uma criança com deficiência motora. Leonardo, o rapazinho cuja paixão pelo futebol e pelo seu clube o levou a ir a um estádio, viveu um sonho e um pesadelo. Na idade da inocência, talvez ele perdoe. Nós temos de nos indignar e, para já, aplaudir a posição do Benfica, que pediu desculpas por um ato de que não é responsável, e do FC Porto, para que o pequeno Leo construa uma imagem positiva do futebol. Ainda podemos ter alguma esperança."
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