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domingo, 12 de janeiro de 2020

Benfica x Desp. Aves - Vitória da alma benfiquista

"Foram 23 dias sem vermos o Benfica na nossa casa, uma verdadeira eternidade para quem vive intensamente o nosso clube.
Tudo apontava para um jogo tranquilo, contra um Desportivo das Aves que tem vindo a mostrar muito pouco futebol justificando dessa forma o lugar que ocupa na Primeira Liga. Posto isto, acho que foi o jogo mais enervante da época. Talvez a começar pela hora do apito inicial, que não é nada amigável do adepto de estádio, mas isso são outras histórias.
O Sr. Carlos Xistra também costuma ter o condão de dar sempre nas vistas e apimentar os jogos da Luz. No final do dia, sinto que lhe devo agradecer por ter acordado o Inferno da Luz que empurrou o Benfica para mais uma vitória. Mas, sem dúvida que foram as oportunidades claras, clarinhas de golo que nos iam levando a um ataque de nervos. Todos nós suspiramos com os falhanços do Seferovic, Pizzi, Chiquinho e até do Rúben Dias!
Em jeito de brincadeira recordei com alguns amigos um jogo épico com o Boavista em 2007 ou 2006. Se tiverem oportunidade pesquisem no Youtube. No fim, e como sempre, o que contam são 3 pontos. 

Notas individuais:
Vlachodimos – 6
Mais uma exibição do grego com pouco trabalho. No golo do Aves não podia fazer mais. Destaque para o bom controlo da profundidade, aspecto que melhorou bastante em relação ao ano passado. Esteve bem a sair a jogar, apenas terá de melhorar nos cruzamentos. Aquelas luvas podem e devem agarrar mais bolas. Notei no estádio que era um dos 50 mil que estavam nas bancadas a desesperar com as oportunidades falhadas.
André Almeida - 7
Sem jogar desde 30 de Novembro, o capitão Almeidinhos regressou com uma exibição poética. Depois da não expulsão que acordou o Estádio da Luz, é o homem que marca o golo da vitória. Não foi nenhum Puskas como vem sendo hábito, mas soube tão bem! O que torna isto ainda mais poético é que antes da jogada do golo, o Caio Lucas estava pronto para entrar e provavelmente para o seu lugar. Nota ainda para a falta de frescura física que se nota. Tem sido uma época complicada, mas acredito numa grande 2ª volta do nosso capitão.
Rúben Dias - 7
Exibição segura e corajosa do Ruben. Excelente no controlo da profundidade e na antecipação. Hoje até o vimos a assistir e quase fazer golo em jogadas de bola corrida. Empurrou o nosso Benfica com mais uma grande demonstração do seu carácter, é sem dúvida um jogador à Benfica!
Ferro - 5
Erro crasso no lance do golo consentido que revelou uma das poucas lacunas no seu jogo, a falta de agressividade. Esteve bem no processo de construção de jogo como de costume, mas foi perdendo algumas divididas ao longo do jogo.
Grimaldo - 6
Seguro a defender, audaz na construção de jogo, mas pouco objectivo no último terço. Perdeu-se em alguns dribles e tabelinhas contra uma defesa bastante povoada. Podia e devia aproveitar melhor a sua capacidade para cruzar na segunda parte com 2 homens fixos na área.
Pizzi -7
Desta vez não pudemos contar com a eficácia do melhor marcador do campeonato. Há que dar mérito à frieza demonstrada no penalty, num jogo onde a carga emotiva já tinha tomado conta de nós.
Weigl – 5
A expectativa era grande para vermos em acção o craque alemão. Vimos bons pormenores, mas andou perdido no campo a maior parte do tempo. Há que lhe dar tempo, treino e trabalho. Alguém diga ao speaker que ele não se chama Vigl!
Gabriel – 8
MVP! Esteve insaciável na recuperação, disputando e ganhando vários duelos. Na construção foi o maior municiador de jogadas de ataque. Foi sem dúvida o patrão do meio campo e carregou o Benfica até estoirar fisicamente. Vai ser complicado definir a dupla para o meio campo… Dor de cabeça das boas para o Bruno Lage.
Jota – 6
Saiu demasiado cedo no jogo. Notou-se alguma inquietação e o querer fazer tudo, mas quando se concentrou conseguiu produzir algumas jogadas de perigo. Ora com desmarcações, ora com cruzamentos e passes. Faltou alguma calma na hora de finalizar, mas foi sempre uma ameaça para o adversário. Há que continuar a dar oportunidades como a de hoje para que possa crescer. 
Chiquinho – 6
Teve movimentos muito interessantes ao longo do jogo como habitual, mas faltou-lhe novamente o killer Instinct. Na hora de finalizar e até no último passe nem sempre definiu bem. Contudo há que valorizar o espírito de sacrifício e a capacidade para jogar em varias posições, hoje foram 3…
Seferovic – 4
Exibição fraca, com várias ocasiões de golo que um ponta de lança do Benfica não pode falhar. Deu pouca profundidade e deu-se pouco ao jogo. De positivo hoje, apenas a sua capacidade para pressionar. Esperemos que volte a aproximar-se dos níveis exibicionais da época passado. Com exibições destas ficamos mal servidos de pontas de lança para o que resta da época.
Vinicius – 7
Apesar de ter jogado apenas 45 minutos, foi dos mais inconformados e trabalhou muito para dar a volta aos acontecimentos. Conquistou o penalty atacando a profundidade e assistiu o Almeida com um belo apoio frontal à semelhança do que tinha feito com Pizzi na última jornada na Luz.
Cervi – 6
Trouxe dinâmica e devolveu o Pizzi ao seu lugar. Acelerou o jogo cada vez que pegou na bola e partiu dele o cruzamento que deu o golo do Almeida.
Samaris – N/A
Viram o festejo dele?! Jogador comprometido com o Benfica, quer jogue 90 ou 3 minutos. Bem haja! 
Bruno Lage – 6
O 11 que vinha jogando desde Leipzig estava a dar boa conta do recado, mas em Guimarães notou-se algum cansaço e não nos podemos esquecer do ciclo complicado que aí vem. O raciocínio de Lage passou por Taarabt a folgar com gestão disciplinar, Vinicius e Cervi a terem também direito algum repouso, Almeida a ganhar ritmo e Weigl a entrosar-se. À primeira vista tudo bem planeado, ainda para mais o adversário era o lanterna vermelha. Mas o jogo foi-se complicando com o golo cedo do Aves e com as oportunidades a serem desperdiçadas. O jogo pedia Vinicius, mas penso que devia ter saído o Weigl recuando Chiquinho. Com a substituição que fez acabou por mexer em 3 posições e a equipa andou um pouco aos soluços até à entrada de Cervi. A partir daqui, acabou por colocar as peças nos seus devidos lugares. Bruno Lage normalmente mexe tarde, mas hoje teve a audácia de mexer logo ao intervalo. Nota para mais um record conquistado hoje. Tornou-se no treinador mais rápido da história do nosso campeonato a atingir a meta dos 100 pontos. Enorme Bruno Lage!"

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