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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Taça Davis de Piqué preserva a paixão

"À Taça Davis faltavam grandes estrelas. A nova versão trouxe Rafa Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray!

As Finais da Taça Davis não foram nem tão más quanto os saudosistas prognosticavam, nem tão deslumbrantes quanto proclamavam os criadores desta nova versão, o futebolista Gerard Piqué, presidente da empresa Kosmos, e David Haggerty, o presidente da Federação Internacional de Ténis (ITF).
A competição desportiva entre selecções nacionais mais antiga do Mundo (119 anos) tinha de mudar. 
Custou-me o cinismo de alguns dos melhores jogadores do Mundo a criticarem a mudança, quando foram eles os principais culpados, ao deixarem de jogar a competição.
Era preciso salvar a Taça Davis e foi preciso coragem. Teria sido mais fácil deixá-la definhar lentamente e diluir responsabilidades.
Sendo eu um fã da história do ténis, não gostei das alterações e, após esta primeira edição, não estou convencido de que seja este o caminho, mas houve aspectos positivos e há que dar tempo para consolidar o projecto.
À Taça Davis faltavam grandes estrelas. A nova versão trouxe Rafa Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray!
A prova estava a perder patrocínios e a Kosmos injectou prémios de 20 milhões de euros.
A versão antiga perdia mediatismo e havia anos em que só os media dos dois países envolvidos na final se interessavam. Neste autêntico Mundial houve mais jornalistas credenciados em Madrid e mais interesse diversificado em termos de países.
Em contrapartida, os direitos de televisão não atingiram os valores desejados, houve países que não aderiram às transmissões televisivas e algumas das nações tradicionais da Taça Davis, como Estados Unidos e França, tiveram audiências fracas.
Por outro lado, a cobertura e as audiências na internet (sobretudo nas redes sociais) foram as melhores de sempre e tendem a crescer. Encontros à melhor de três sets em vez de à melhor de cinco? Eu era contra, mas admito que o espectáculo não perdeu qualidade nem emoção. Os pares como último encontro de cada ronda? Gerou alguns problemas na primeira fase mas valorizou a variante.
O público não foi tanto quanto desejado (os preços não eram baratos), mas também não foi tão pouco quanto se previu. Claro que Espanha, a jogar em casa, enchia, mas houve confrontos às moscas. Há já planos para melhorar a situação.
Houve alguns problemas com o servidor das aplicações digitais, faltas de electricidade, a Caixa Mágica necessita de mais um campo e é inaceitável encontros terminarem de madrugada. Mas esses são detalhes facilmente resolúveis.
O mais importante para mim foram as lágrimas de dor e alegria dos jogadores. A paixão pela Taça Davis manteve-se inalterável."

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