"Em partida referente à 2ª jornada da Taça da Liga (Allianz Cup), tanto o Sporting da Covilhã como o Benfica, apresentaram algumas alterações em relação aos seus onzes “base”. A necessidade de vencer e de marcar golos (no caso do Benfica), num grupo com todas as equipas empatadas a um ponto, era objetivo comum para ambos os conjuntos.
Os “Leões da Serra” foram os primeiros a causar algum frisson junto das balizas. Adriano Castanheira aproveitou um ressalto na área encarnada e rematou para defesa de Zlobin (5’).
Após um início com algum ascendente dos homens da casa, foi o Benfica a ficar mais perto de marcar, com um cabeceamento de Gedson à trave, na sequência de um livre batido por Jota (11’).
O Covilhã aparentou entrar no jogo algo nervoso (fruto da emoção normal de enfrentar um dito “grande”), mas com o passar dos minutos, o nervosismo foi desvanecendo e Bonani rematou para nova defesa do guarda-redes russo do Benfica (20’).
À passagem do minuto 25, um contra-ataque do Sporting da Covilhã, gelou (ainda mais) a maioria benfiquista no Estádio José Santos Pinto. Indefinição entre Tomás Tavares e Zivkovic numa zona proibida levou a um ataque rápido protagonizado por Daffé e concluído por Adriano. Boa defesa de Zlobin (25’).
Jogo de parada e resposta. Raúl de Tomás, no seguimento de boa jogada construída a partir de trás, recebeu de costas, conseguiu virar e rematou forte para defesa de Bruno (30’). E após um interregno sem perigo junto das balizas, o jogador mais perigoso do Sporting da Covilhã, Adriano atirou de longe a rasar a barra. Se a bola fosse à baliza, Zlobin estaria “batido” (40’).
Uma primeira parte dividida, bem disputada e sem qualquer superioridade que se tenha feito notar entre estas duas equipas. O frio que se fez sentir no estádio, acabou por gelar os jogadores e afastar a emoção dos golos. Um Covilhã naturalmente mais retraído mas sem entregar a bola ao Benfica. Do outro lado, os encarnados ainda não tinham conseguido demonstrar em campo o favoritismo inicial.
A cabeça dos jogadores do Benfica ainda estava no balneário e o Sporting da Covilhã fez o golo. À entrada do minuto 46, Bonani interceptou o esférico após desentendimento entre Jardel e Samaris, não tremeu perante o gigante russo e atirou a contar.
Hora de jogo volvida e um jogo na mesma toada, mas para além do golo, com menos balizas do que no primeiro tempo. Jogo frio e sem ideias por parte do campeão nacional. Uma equipa desinspirada e das mais vulneráveis que os serranos tiveram pela frente esta época.
Foram precisos apenas dois minutos em campo para Taraabt mostrar toda a classe que o caracteriza. Desenvencilhou-se de dois adversários com um toque para a frente e causou desequilíbrio. A melhor jogada do Benfica em toda a partida. Pouco depois, levou a equipa para a frente, Nuno Tavares cruzou e Vinícius cabeceou ao lado (66’).
Uma palavra de apreço para a defesa, ou para as transições defensivas da equipa covilhanense. Poucas ou nenhumas veleidades tinha oferecido ao Benfica. Centrais poderosos e seguros, atrás de um meio campo coeso.
Perante um Benfica adormecido, mais uma vez, o homem do costume, Adriano Castanheira fez o que quis da defesa encarnada e rematou para canto (80’). Na sequência de um canto marcado por Pizzi, a bola ressaltou na defesa e Jota aproveitou para atirar para o golo (82’).
Empate a uma bola entre estas duas equipas, certamente com ambições diferentes. Do lado do Sporting da Covilhã, pode-se dizer que merecia mais. Partida controlada pelo serranos até pouco depois da hora de jogo. Setores muito próximos, consistentes e guerreiros. Disputaram cada lance como se fosse o último e chegaram ao golo (com mérito).
No Benfica, Pizzi e Taraabt agitaram o jogo e desnivelaram o terreno. Jogo fraco, com pouca história. Deixaram muito a desejar. Jardel lento, já não serve. Samaris e Zivkovic não renderam. Raúl de Tomás continua infeliz e Gedson não promete mais. Em suma, esperava-se melhor dos encarnados, nesta visita à serra.
Onzes Iniciais e Substituições:
SC Covilhã: Bruno, Jaime, Zarabi, Joel, Gilberto, Brendon, Jean (Miranda, 81’), Mica, Adriano, Bonani (Daniel Martins, 73’), Daffé (Kukula, 85’).
SL Benfica: Zlobin, Tomás Tavares, Rúben Dias, Jardel, Nuno Tavares, Florentino (Vinícius, 46’), Samaris (Taraabt, 61’), Gedson, Zivkovic (Pizzi, 61’), Jota e Raúl de Tomás.
A Figura
Jota – Do melhor que se viu esta noite na Covilhã. Repetiu a boa exibição que protagonizou em Vizela. É daqueles que dá “safanões” no jogo e é capaz de o resolver em pouco espaço. Cervi que não descanse sobre a posição. O argentino só é melhor que o português no processo defensivo. Mas se calhar é isso que Lage procura do lado esquerdo. De resto, dá vinte a zero em qualidade ao “chuky”. Além disso, culminou a sua exibição com um golo.
O Fora de Jogo
Bruno Lage – Não se questionam as escolhas em campo, devido à acumulação de jogos, mas sim, a dinâmica posta em campo. Processos lentos, previsíveis, sem vontade aparentemente nenhuma. Apenas Taraabt, Pizzi e Jota foram exceções. Não se questiona também a sua continuidade ao leme do Benfica, mas algo terá certamente que mudar.
BnR na Conferência
SC Covilhã
Bola na Rede: Apresentou um onze com algumas alterações em relação ao onze inicial habitual, como explica essas alterações?
Ricardo Soares: Aproveito para agradecer essa pergunta, porque acho que é uma pergunta excelente para ser respondida e para elucidar outros orgãos de comunicação social. Eu tenho um plantel curto, 20 jogadores, por opção minha e encaixa nos valores do clube. Nós contamos com todos neste processo, ninguém fica de fora. Na minha equipa todos os jogadores já jogaram a titulares, tenho um grupo de profissionais que se dedicam e empenham sempre em busca da superação.
SL Benfica
O BnR não teve direito a pergunta ao treinador Bruno Lage."
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