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sábado, 25 de dezembro de 2021

Bancadolândia


"'Mais do que 90 minutos': este é o título de uma reportagem profunda - realizada pela BTV e que também está disponível para visualização no site oficial do Sport Lisboa e Benfica - que mostra em detalhe, pelos mais diversos ângulos, a orgânica e as rotinas da equipa feminina de futebol, que nesta época s estreou (entre as 16 melhores) na fase de grupos da Liga dos Campeões. Concluída a histórica participação, analisamo-la.
Dos números embutidos na história da competição em resultado da campanha das Inspiradoras, será justo valorizar a primeira vitória neste patamar e os quatro pontos totalizados no grupo D, que, por 'sortilégio', reuniu 'apenas' duas das equipas mais poderosas na Europa feminina do futebol, o Lyon (1.º lugar no ranking da UEFA) e o Bayern Munique (4.º). Todavia, por mais bondade e boa-fé que possamos imaginar sobre o outro lado da mesa, não nos iludamos: para quem não acompanhou nem tem o retrato completo do contexto, hoje, amanhã ou depois as consultas à grelha de resultados das seis jornadas tenderão e desencadear conclusões esquinadas e defasadas.
Na verdade, o percurso do Benfica na Champions League feminina foi mais do que uma vitória, foram mais do que quatro pontos; foi, sobretudo, o reconhecimento de um mundo novo e do que ainda falta fazer e apurar, nomeadamente na dimensão física individual e coletiva, para se poder pensar em conquistá-lo. Nisto, sou dos que observam e registam o que lhes parece mais pertinente no plano da diferenciação de forças, e tomo boa a impressão de que capacidade atlética, alta rotação e velocidade de decisão e execução figuram com robustez no conjunto de aspectos incrementáveis para se voar mais alto.
E se o assunto apresenta facetas como intensidade e competitividade superiores, também da Federação Portuguesa de Futebol se espera/exige desenvoltura na primeira linha de atuação pelo pregresso, trabalhando, a fundo, para que o modelo das provas nacionais seja o mais interessante e sedutor possível para as equipas (arbitragem incluída), para os adeptos, para os sponsors (os existentes e os eventuais), para o desporto e para o 'negócio' global. Porque o 'negócio', ou o capital nele envolvido, será veículo essencial no desenvolvimento que urge."

João Sanches, in O Benfica

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