"Todos estamos agradecidos aos benfiquistas que há uns poucos meses dedicaram parte do seu esforço para homenagearem vinte glórias do Benfica através da aplicação de stencils do rosto dessas glórias do Benfica na Rotunda Cosme Damião, acompanhados da inscrição: 'Ousem um lugar na nossa história' e do emblema do Sport Lisboa e Benfica. Não sabemos quem são, pois, muito bem, entendem que o destaque deve ser dado aos homenageados, e não a quem os homenageia. Na terça-feira de manhã, acordámos com a notícia de que este magnífico exemplar de arte urbana e benfiquismo havia sido vandalizado por uns energúmenos que se julgam adeptos do Sporting. Ainda durante essa manhã houve benfiquistas que se mobilizaram e limparam as paredes, preservando os stencils. E, no dia seguinte, foram contempladas mais glórias. Perante o desalento da constatação de mais um acto aviltante, esses benfiquistas, ao invés de alimentarem o ódio com mais ódio, responderam com amor redobrado ao Benfica. Em suma, à Benfica!
Entretanto, depois de panaceia da dita legalização de claques, o secretário de Estado do Desporto voltou a insistir, em entrevistas, nos supostos méritos do famigerado cartão de adepto. Vá lá que não se tenha lembrado de obrigar esses adeptos a usarem uma estrela de David ao peito...
O que João Paulo Rebelo parece não querer entender é o seguinte: Há adeptos que, como é o caso destes benfiquistas, a terem algo que os identifique, seria uma medalha de mérito. E há outros, como os palermas que, mal terminou o confinamento obrigatório, se focaram imediatamente numa tentativa de agressão ao Benfica, têm de ser afastados do futebol. Tão simples quanto isto. Sem cartões patéticos, nem legalizações-fantoche!"
João Tomaz, in O Benfica
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