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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

É o que temos

"O Sporting voltou ontem às vitórias no campeonato, derrotando uma versão C do Vitória, obrigado a entrar em campo com um onze muito (mas mesmo muito) diferente daquele que, há uma semana, entrou de início em Famalicão. Os motivos são conhecidos. Não vale a pena estar, agora, a criticar a atitude do Sporting ao recusar adiar o jogo (sabendo, hoje, que perdeu Coates e, quem sabe, Vietto para o dérbi, se calhar, mais valia ter adiado...) ou a intransigência dos responsáveis sadinos ao negarem que médicos exteriores ao clube comprovassem a virose que impediu o seu plantel de se apresentar nas condições mínimas exigidas. As atitudes ficam, sempre, para quem as pratica. A questão principal é que, numa liga a sério, nunca o encontro do Bonfim se teria iniciado. E se começou a culpa não é dos clubes, mas de quem devia, mas não consegue zelar pelos interesses da competição.
Dizer que o Vitória tem 36 jogadores inscritos é, convenhamos, ridículo. Recorrer, apenas, aos regulamentos - aprovados pelos clubes, convém não esquecer - é, apenas, o lavar de mãos típico de quem não tem coragem de assumir que há situações excepcionais que, por serem-no, deveriam ser tratadas de forma excepcional. O que aconteceu ontem (e nos últimos dias) em Setúbal foi uma vergonha. Ganhou o Sporting mas perdeu, mais uma vez, o futebol português, infectado por um vírus muito mais grave do que aquele que afectou o balneário do Vitória.
Uma palavra para os futebolistas sadinos, a mostrarem, mais uma vez, que o melhor do futebol são, mesmo os jogadores. Quase tudo o resto é aquilo que Julio Velázquez temia que a sua equipa fosse - e que não foi mesmo..."

Ricardo Quaresma, in A Bola

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