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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Duas novas competições internacionais

"Existe em cima da mesa uma proposta no montante de 20 mil milhões de euros, para criar duas novas competições de cariz internacional, uma nova competição mundial de selecções e outra reformulação do campeonato mundial de clubes. Esse monstruoso valor respeita às duas competições ao longo de 12 anos (2021-2033).
Uma parte dos mais de 20 mil milhões de euros também será investida no novo mundial de clubes. Desse valor, cerca de 10,8 mil milhões de euros vão para o mini-mundial de selecções, e mais de 10 mil milhões para o mundial de clubes.
O documento que chegou aos membros do Conselho FIFA, constituído por representantes da UEFA, CONMEBOL, CONCACAF, AFC, CAF e OFC, propõe organizar um mundial de futebol de elite a cada dois anos (sempre anos ímpares), com uma fase final de apenas oito selecções. Poderá vir a ser um mini-mundial por agora designado de 'Final 8'. O modelo desta competição poderá ser idêntico ao da récem-criada Liga das Nações Europeias, e a primeira edição poderá ocorrer já em Outubro ou Novembro de 2021. No documento entregue às confederações, a FIFA garante que a prova não vai colidir com Campeonato da Europa, Copa América ou Taça das Nações Africanas.
A outra competição é o mundial de clubes, igualmente em preparação para anos ímpares, que deverá abranger 24 clubes participantes e realizar-se em Junho. Até agora, esta prova era disputada em Dezembro, por sete clubes.
Se a proposta de Infantino avançar, a FIFA mantém o actual modelo do Campeonato do Mundo de selecções a cada 4 anos, mas acaba com a Taça das Confederações - a prova que se realiza no ano anterior ao Mundial.
A inovação, se é o que podemos assim chamar-lhe, está no facto de a FIFA deixar de ter a totalidade da empresa que exploram as competições e passar apenas a ter a maioria. É o que podemos designar de privatização da exploração das competições.
Na reunião ordinária do Conselho FIFA, realizada em Bogotá, Colômbia, no mês de Março, Infantino não quis dizer quem são os investidores asiáticos que pretendem realizar este investimento.

No entanto, o Financial Times revelou que um dos membros do consórcio é o Softbank, a multinacional japonesa que opera o maior fundo de investimento do mundo para tecnologia. Mas há mais!
A forma como será desenhada a nova entidade poderá ter vários contornos, quer quem controlará a parte desportiva, quer quem controlará a parte financeira.

A FIFA ficará incumbida de redistribuir os ganhos das provas pelas federações e confederações, e quanto ao mundial de clubes, que poderá ter uma edição de juniores e em futebol feminino, as ligas nacionais também deverão receber uma parte das verbas."

Pragal Colaço, in O Benfica

1 comentário:

  1. Com campeonatos muito longos os melhores chegam esgotados e as equipas mais físicas tem ainda mais vantagem. E ainda querem massacrar mais os melhores?

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