"Não são as fintas, não são os passes, não são as reviengas, não são as rabonas, não são as chicuelinas. O que decide os jogos são os golos.
Há algum tempo atrás, um conhecido jornalista e comentador desportivo afirmava olimpicamente que o nosso Tacuara Cardozo 'não era um grande jogador, pois só sabia marcar golos'. Lembrei-me disso durante o último dérbi, no qual o Benfica se superiorizou ao adversário, dominou a maioria do tempo de jogo, criou sete ocasiões claras de golo, mas saiu de Alvalade em branco, e a depender de terceiros para alcançar o importante 2.º lugar.
Ronaldo é o melhor do mundo porque... marca golos. A este Benfica faltou alguém que, em frente da baliza, soubesse ser eficaz. Temos esse alguém no plantel: é o melhor marcador do campeonato, lesionou-se num momento crucial, e nesta partida entrou a poucos minutos do fim, ainda sem ritmo, e já sem tempo para procurar a felicidade. Há dois anos saímos do mesmo estádio dominados, mas vencedores. Um pontapé certeiro do também saudoso Mitroglou (outro que só sabia marcar golos...) deu-nos a vitória que havia de valer o título. Desta vez, nem Rafa (duas vezes), nem Douglas, nem Pizzi, nem Zivkovic, nem Samaris, nem Raúl conseguiram meter a bola dentro da baliza, e foram os rivais que acabaram por sorrir.
Por alguma coisa os pontas-de-lança são tão caros e tão valorizados. E também são cada vez mais raros. Temos um dos melhores ataques do campeonato. Mas a verdade é que, sem Jonas, em dois jogos decisivos (FC Porto e Sporting) não lográmos marcar um golo. E, sem golos, tudo o resto não serve para nada."
Luís Fialho, in O Benfica
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