"Em 2013, a direcção benfiquista entendeu reconduzir Jorge Jesus no cargo e logo surgiram os profetas da desgraça em grande força e maior quantidade. A avaliação, então, foi correcta: Se tudo perdeu numa semana é porque tudo poderia ganhar. Foi o mote para o actual domínio benfiquista, beneficiando da estabilidade oferecida ao seu técnico principal.
Passados dois anos, deu-se início a um novo paradigma, cujas faces mais visíveis passaram pela substituição do treinador e pela aposta em jovens atletas. Os tais profetas da desgraça, incapazes de compreender o contexto em que o Benfica se inseria naquele momento, ressurgiram. Era Jesus ou o caos, como se a 'estrutura' entretanto criada não passasse de um jargão. Ora, nem Jesus, nem caos, antes mais uma época de sucesso nacional e prestígio internacional.
Mas os primeiros passos de Vitória foram titubeantes.
À semelhança de 2013, o resultado dado pela direcção ao treinador permitir ganhar o tempo que se diz não existir num clube com as ambições do Benfica, Renato Sanches transformou a equipa e levou alguns a duvidarem do mérito de Vitória. Agora sem Renato, Jonas, Gaitán e Jardel, nem os restantes lesionados, distam quatro pontos para o Porto (após Estoril) e são 17 os conquistados e mais que o Sporting desde 18 de Dezembro de 2015.
As críticas a Jesus, que temos ouvido e lido ultimamente por parte de sportinguistas com visibilidade na comunicação social, à semelhança daquelas feitas a Marco Silva a partir de determinado momento, parecem encomendadas e, mais do que servir o Sporting, procurarão sobretudo proteger o presidente.
É também nesta diferença que reside o momento actual vivido por ambos os clubes."
João Tomaz, in O Benfica
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