"Houve o corte de electricidade no Restelo, a zaragata entre jogadores do Marítimo, e os vários indisponíveis do Moreirense, antes das partidas com o Sporting. A poupança de titulares do União em Alvalade, mesmo precisando de pontos. A exibição simpática do Arouca. O penálti de Tonel. Mas se eram necessárias mais evidências de que algo de estranho se passa no nosso Campeonato, esta jornada trouxe-as. E nem falo de penáltis por assinalar.
Vejo Futebol há mais de 40 anos, e não me recordo de uma equipa sem aspirações, fazer o anti-jogo que o Guimarães fez na Luz ao longo da primeira parte. Não esperava, nem queria, facilidades. Mas esperava um adversário a jogar Futebol. O que se viu foi a triste cena de onze almas (mais umas quantas no banco) desesperadas para retirar pontos ao Benfica, não hesitando em recorrer a simulações, provocações, quebras de ritmo, e a uma agressividade muito acima do normal. Até mudaram de táctica, testando-a propositadamente na jornada anterior, à custa de um empate em casa.
Na Amoreira, um Marítimo também com classificação definida, entrou em campo sem cinco jogadores que tinha em risco de suspensão, poupando-os para a próxima jornada, cedendo pontos que, teoricamente, até lhe seriam mais acessíveis. Porquê? Segundo o treinador, para preparar a próxima época.
Podemos juntar as declarações do presidente do FC Porto, que deixaram claro porque motivo não seria de esperar um desfecho diferente no Clássico.
Os factos falam por si. Não podemos fingir que não vemos. A porcaria está a regressar em força ao Futebol português. E, se nada fizermos, vem para ficar."
Luís Fialho, in O Benfica
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