"Não há como contornar o tema, existe todo um universo benfiquista em depressão. As expectativas eram altas, altas mas legítimas, condições havia para uma temporada que ficasse com marca substantiva no historial centenário do Clube. O final foi penoso, penoso e cruel, o Benfica não merecia um fecho de época tão doloroso.
Fomos a melhor equipa nacional ao longo do ano competitivo. Para não variar, as razões de queixa são múltiplas. Ainda no último embate do nosso antagonista directo, um penálti anedótico, mais uma expulsão intrujona, abriram caminho para o triunfo do FCP. Mais tarde, um penálti tão verdadeiro como verdadeiro é a terra girar à volta do sol, foi sonegado ao Paços de Ferreira. Assim, convenhamos, é fácil. O 'sujinho, sujinho, sujinho', da lavra de Vítor Pereira, técnico azul, deveria ter sido proferido depois de se ver ao espelho. Isso é que era 'limpinho, limpinho, limpinho'.
Agora, vamos ao Jamor, ainda há uma competição para vencer. De resto, um troféu que tem escapado ao Benfica nos últimos anos. Vamos para ganhar? Só podemos. Temos que ganhar? Só podemos.
Ainda no pretérito domingo, mesmo em desvantagem no marcador, frente ao Moreirense, na Luz, os nossos aficionados não exibiram manifestações, mais ou menos ruidosas, de aspereza. Esta temporada, para que conste, marca um exemplo de empenho e militância benfiquista que chegou a ser comovente.
Na final da Taça de Portugal só pode ser assim. Com humildade, que o mesmo é dizer: respeito pelo V. Guimarães, imposta encerrar o ciclo vitoriosamente. Teremos fervor na plateia, precisamos de superioridade no campo. E, em seguida, faremos a festa. Dá para salvar a época? Dá, pelo menos, para mitigar os danos recentes. Ademais, no vale do J(amor)..."
João Malheiro, in O Benfica
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