"Era de esperar outra coisa? O Pedro Proença no apito, Domingo Gordo, só podia dar mascarada.
A coisa chegou a parecer séria até aos últimos instantes. E depois?
O tal árbitro, considerado o melhor do Mundo, sendo que Portugal não conta para essa precipitada avaliação, teria que assumir o seu costumeiro protagonismo, a sua sanha, numa laia de sentenças dignas da data que se comemorava.
O Carnaval do Proença é o Carnaval do costume. Em caso de dúvida, castiga o vermelho e beneficia outras enunciações cromáticas, todas as outras. É de agora? Não, é de sempre.
O homem não tem, não tem de todo, condições psicológicas par ajuizar qualquer partida em que o Benfica seja interveniente.
A expulsão de Matic é dos episódios mais hilariantes de que há memória no Futebol português.
Arrogante, altaneiro, desdenhoso, podia contentar-se com aquela dose de brilhantina na cabeça, seu sinal distintivo. Só que o outro sinal é pior. Pior e causa dolos.
As razões de queixa do Benfica são mais que muitas.
O Proença padece de antibenfiquismo primário. Primário e recorrente. Isso não é uma maleita? Grave, muito grave, considerando o seu poder discricionário num jogo.
Enquanto o Proença apitar, o Benfica terá fatalmente menos golos, terá sempre mais expulsões, terá sempre motivos para presumir má-fé.
As proençadas do Proença são as proençadas da inverdade. Quando se pugna pela verdade desportiva não há que acabar de vez com proençadas?
Confesso mesmo que se o Proença é o melhor árbitro do Mundo, eu tenho que ser o adepto mais cego do planeta."
João Malheiro, in O Benfica
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