"Caro Jorge Jesus: a nossa relação começou em amor e vai percorrendo os difíceis trilhos do desamor, às vezes profundo. Outras toca a raiva, outras a bonança. E estes têm sido tempos bons para o Benfica. Mas... há sempre uns “mas”.
A nossa defesa, JJ. O Artur é uma muralha quase invencível. O Garay, que ainda este fim-de-semana disse que o fazes sentir importante, faz uma bela dupla com o Senhor Capitão. Mas o que é que se passa quando ficam todos parados a ver a bola passar e o adversário marcar (ou tentar)? Estas “brancas amnésicas”, como lhes chamo, custam-nos o primeiro lugar isolado, porque o FCP tem uma defesa bem menos batida que a nossa. Este é o meu principal “mas”.
Preocupa-me também o rendimento do Witsel. Tem potencialidades de herói, mas tem perdido combatividade. E vê lá se pões o Javi a dar umas lições valentes ao Matic, que o miúdo faz-se mas ainda não faz o lugar. E o Capdevila, confessa lá, o que é que tens contra o campeão de tudo o que há para “campeonar”? O Emerson não tem falhado, mas caramba, míster, estamos todos à espera para ver o espanhol.
No meio-campo, parabéns. Genuínos. Deste ao Aimar a única coisa que ele precisava para ser o verdadeiro “El Mago”: condição física. Não sei como é que conseguiste esse milagre, mas está conseguido. Também te tiro o chapéu quanto ao Gaitán: quando não dávamos nada por ele, acreditaste. O problema é que o rapaz gosta mais da esquerda do que eu de gelado de chocolate. E o Nolito e o Chuta-Chuta são concorrência dura. Por fim, o Cardozo. É notório que não posso com ele. Queria ver-te ser um treinador raçudo e dar ao Rodrigo e ao Nélson Oliveira – a este, a este – oportunidades reais. Talvez fizéssemos temporariamente as pazes.
Jesus, o nosso amor não tem volta. Mas enquanto dominarmos as estatísticas de ataque, com 18,6% de golos por remate, e tivermos o 1.º lugar e a Champions, o nosso convívio é menos difícil. Bom trabalho, míster."
PS: Não costumo 'postar' as opiniões da Marta Rebelo, raramente concordo ela, algumas até as acho ofensivas para o Benfica... hoje também não concordo com tudo, mas todos nós somos treinadores de bancada, e temos direito à nossa opinião... o importante é que independentemente das nossas visões tácticas, às vezes diferentes das opções do Jesus, temos que admitir que o nosso Mister está no global a fazer um bom trabalho...
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