"A árbitra assistente Vanessa Gomes esteve na final do Mundial de sub-20 na Colômbia. Parabéns à Vanessa e a todas as árbitras que, semana após semana, ainda enfrentam preconceitos grotestos.
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Depois de estar presente em três jogos na competição — Colômbia-Camarões e Canadá-Brasil (fase de grupos) e Brasil-Camarões (oitavos de final) —, a árbitra assistente portuguesa Vanessa Gomes fez parte da equipa de arbitragem que dirigiu a final do Campeonato do Mundo de sub-20 na Colômbia, em jogo que colocou frente a frente Coreia do Norte a Japão. Foi a primeira vez que a arbitragem portuguesa esteve representada no encontro decisivo desta competição FIFA. Vanessa Gomes tem 37 anos e pertence aos quadros da AF Lisboa. Há quatro anos tinha atingido um dos pontos mais altos da sua carreira, ao ser a primeira mulher árbitra a fazer parte da equipa que dirigiu um jogo de futebol profissional masculino em Portugal. Agora atingiu novo marco numa nomeação meritória, que eleva a arbitragem feminina a patamar altíssimo. Diz-se e é verdade: a competência não tem género. É fundamental que a premissa seja sempre essa, a de premiar a qualidade de quem faz por merecer o que de bom lhe acontece. Parabéns à Vanessa e a todas as árbitras que, semana após semana, ainda enfrentam preconceitos demasiado grotestos no cumprimento das suas funções.
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O que aconteceu no França-Irão (Mundial de futsal que decorre no Uzbequistão) tem que ser investigado a fundo pela FIFA e pelas instâncias judiciais competentes, para bem daquela que é a essência do desporto e todos os valores que defende. A forma como alguns jogadores franceses falharam golos cantados e que o seu guarda-redes sofreu (pelo menos) o primeiro golo iraniano deixaram poucas dúvidas quanto à estratégia adotada. A derrota no jogo dos gauleses garantiu-lhes o segundo lugar no Grupo F, evitando assim Marrocos nos oitavos de final e possivelmente o Brasil nos quartos de final. Que conveniente. Acho sinceramente que aquele foi um dos episódios mais vergonhosos do desporto moderno de alta competição. Pior ainda, aconteceu numa montra à escala global, o que o torna ainda mais perverso (pela mensagem que transmite a tantos jovens que seguem a modalidade). Um escândalo.
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O cargo de treinador de futebol pode ser entusiasmante sob o ponto de vista técnico e da paixão pela profissão, não duvido, mas é a par com o dos árbitros um dos mais ingratos na indústria. Não é de agora, foi sempre assim, embora mais numas paragens do que noutras. Esta época (começou há pouco mais de um mês) já vários treinadores de topo deixaram os seus cargos, a maioria por força da velhinha ditadura dos resultados. Quando a coisa corre menos bem, a tolerância é quase sempre nula. Ao contrário do que acontece em outras ligas, é a matemática dos números que dita quase sempre o despedimento do elo mais fraco. Raramente se demite quem contrata, quem co-planeia a época, quem é o responsável por tudo o que acontece no clube. A fava cai sempre ao homem do leme, com tudo o que isso implica em termos de autoestima, expectativa profissional, estabilidade financeira, logística, pessoal e familiar. Não raras vezes percebe-se que o trabalho técnico é o possível face às circunstâncias e adversidades surgidas, mas nem assim se muda de estratégia. Percebo a dinâmica empresarial, mas tenho pena. Vitória e derrota, bestiais e bestas, génios e incompetentes, a linha define-se quase sempre pela bola que entra numa ou noutra baliza. A sobrevivência tem preço alto e o primeiro (único) a pagá-lo é quase sempre o treinador. É injusto.
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A Fundação do Futebol, entidade sob a égide da Liga Portugal, criou mais uma iniciativa feliz ao comprometer-se a plantar 200 árvores por cada golo marcado na jornada 6 da Liga Portugal Betclic. A ideia é tentar colmatar os quase 125 mil hectares ardidos até à data. Isso significa que milhares de novas árvores irão florescer em breve nas zonas afetadas. Em simultâneo com esta ação, os clubes profissionais aceitaram que os seus capitães entrassem em campo com um casaco dos soldados da paz, de combate a incêndios. Uma homenagem merecida através de gesto simbólico, que pode dizer pouco ao adepto comum, mas que dirá muito a quem esteve (e está) demasiado perto das consequências nefastas daquele flagelo. Muito bem."
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