"Não me lembro de estar tão ansioso por uma quinta-feira desde 2014, antes daquela quinta-feira de 1 de Maio, quando fomos a Turim explicar a Pirlo,Buffon, Pogba, Vidal,Tévez e companhia que a aventura deles na Liga Europa ficava pelas meias-finais. A quinta-feira da próxima semana, 4 de Junho, assinala o regresso do Benfica à competição após a interrupção motivada pela pandemia e marca também o meu regresso ao sofá lá de casa. Não há qualquer dúvida: o futebol é estranho sem adeptos. Sem cachecóis no ar, sem abraços nas bancadas e sem aquele gajo que aos 20 minutos já está aos berros a pedir ao Bruno Lage para meter o Cervi, o Rafa ou o Mantorras. A confusão antes de entrar no estádio pode até ser incómoda, mas de repente já me apetece que, algures no meio da multidão, alguém me entorne meio copo de cerveja pela cabeça abaixo.
Para nossa sorte, os jogos do Benfica vão pode ter alguns adeptos. Onze dentro de campo e mais alguns no banco. O adepto com a missão mais complicada é Bruno Lage. Agora, não só tem de orientar a equipa no sentido de conquistar os três pontos como tem de assegurar que o Rúben Dias e o Ferro vão cantando o '1904' enquanto o Pizzi faz uma assistência a isolar o Vinícius. Nas bolas paradas, o Vlachodimos tem de cantar o 'Tudo a Saltar', e o banco de suplentes tem de formar um coro a cantarolar o 'E quem não canta fica em casa'. É bom que os jogadores treinem este novo estilo de jogo durante a semana, estou certo de que Bruno Lage começará a deixar de fora da convocatória quem não se conseguir adaptar. A música do Taarabt pode ser cantada por ele próprio.
Nunca mais é quinta-feira!"
Pedro Soares, in O Benfica
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