"Ir às aulas, estar com atenção e estudar aproveitando a inteligência toda que se tem. Pelo caminho, criar um bom ambiente na escola, na família e no bairro. E jogar, jogar à bola, muito e bem! São coisas simples que muitas vezes escapam aos jovens quando perdem a perspectiva de si próprias e do seu valor por entre as encruzilhadas da vida, que, mais cedo do que devia, lhes prega rasteiras e os põe à prova como não faz a muitos dos adultos que leem estas linhas.
Nessas alturas, a família é um suporte indispensável, mas, infelizmente, nem todos a têm em condições de dizer 'pronto' quando mais dela precisam. Por isso, muitas adolescências são vividas em sobre-esforço pelos jovens, tentando conhecer o mundo e navegar solitariamente nele sem mapa nem bússola, contando apenas consigo próprios e com uns tantos colegas. Nessas alturas, pertencer a um grupo forte e coeso torna-se num património de valor inestimável. Ter um suporte e uma confirmação social, aprender a cair e ter onde cair, é de uma importância extrema para todos nós, mas acentua-se na adolescência, como quase tudo nas nossas vidas. Uma equipa, pares solidários e lideranças fortes e inspiradoras são uma das principais armas do projecto 'Para ti Se não faltares!'. Uma arma que actua em cima de um poderosíssimo princípio activo chamado futebol. E assim se transformaram angústias em acção, armários em lideranças, esforço em prazer e, claro está, crianças em homens ou mulheres, e ambos em cidadãos.
É isto que se consegue fazer com uma simples bola cheia de ar: encher vidas de sonhos e lançar caminhos individuais para a sua concretização. É tal o poder do futebol, que se torna um privilégio trabalhar na Fundação de um clube como o Benfica porque se conquista a possibilidade de o canalizar para a valorização pessoal e daí para a transformação social do país!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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