"Na passada enviei a crónica antes do anúncio oficial da despedida de Jonas, pelo que acabei por escolher outro tema. Mas é sempre boa altura para falar do craque brasileiro, que já nos deixa saudades.
Chalana era o meu ídolo de infância, e desde então talvez não tenha desenvolvido uma admiração tão grande por um jogador de futebol como por Jonas. Foi - e ainda me custa utilizar o pretérito perfeito - o melhor avançado que alguma vez vi jogar de Manto Sagrado, e seguramente o mais completo jogador do Benfica deste século. Juntou a magia de Aimar à eficácia de Cardozo, a influência de Simão, ao perfume de Gaitán, a fogosidade de Di Maria ao carisma de Luisão. Sagrou-se campeão em quatro dos cinco campeonatos que disputou em Portugal, e ninguém me tira da cabeça que, não fosse a inoportuna lesão na fase final da época 2017 - 2018 (que o retirou do decisivo Benfica - FC Porto), teria alcançado o pleno.
Faltou-lhe a consagração europeia, deixando ainda assim a sua marca no percurso internacional do clube, com os decisivos golos obtidos, por exemplo, frente ao Zenit em 2016, ou diante do Dínamo Zagreb nesta última temporada. Mas foi no campeonato português que mais intensamente brilhou, com para lá de uma centena de golos em somente cinco épocas.
Toda a sua história no Benfica é um verdadeiro conto de fadas, desde a forma como chegou até ao dia em que partiu - deixando a Luz em lágrimas a aplaudi-lo de pé, coisa que não se via desde a despedida de Rui Costa. Não vai ser fácil substituir Jonas. Jogadores deste nível não aparecem todos os dias. Fica a lenda, e um eterna gratidão."
Luís Fialho, in O Benfica
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