"O pilar de todos os objectivos da época no Benfica está construído. A entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões é estruturante. O custo com massa salarial fica quase coberto com a verba obtida no jogo de ontem. A vitória foi categórica. O Benfica acertou na baliza e assim a equipa mais poderosa esmagou a mais fraca. Percebe-se a reacção de Rui Vitória no pós-jogo, pela imensa pressão a que estava sujeito. Uns ficam eufóricos quando ultrapassam as fasquias de pressão com bons resultados, outros preferem ajustar contas com o passado e mandar recados para o futuro. Rui Vitória optou pelo ajuste de contas. Adeptos e comentadores talvez preferissem um discurso mais distendido. Mas o treinador do Benfica tem um grupo de jogadores ambiciosos para gerir e está a dois dias do fecho do mercado. Para jogadores e dirigentes do Benfica, nesta conjuntura, o discurso agressivo de Rui Vitória foi certeiramente eficaz.
O outro representante de Portugal na corrida aos milhões da UEFA está a passar uma fase atípica. Os jogadores verificaram que nesta segunda época Sérgio Conceição já não é rei e senhor das decisões técnicas? Facto é que a equipa está mais fraca enquanto equipa. Os movimentos de pressão não estão uniformes. O meio-campo suspira por um prumo como Danilo. Brahimi continua com momentos de génio, mas está a entrar numa zona de conforto pessoal que o leva a defender ainda pior. Se os craques perdem o respeito ao técnico, no cumprimento das missões de sacrifício, as vitórias fogem com enorme facilidade.
Ainda no plano dos líderes técnicos, falemos de José Mourinho: um dos maiores treinadores de sempre está a deixar a sua estrela empalidecer num dos maiores clubes do Mundo. O Manchester United deixou-se adormecer nas épocas finais do longo reinado de Alex Ferguson. Nem Mourinho está a conseguir devolver a eficácia ao clube, nem a agremiação está a contribuir para a boa imagem do técnico. Se não houver uma rápida inversão da tendência, Mourinho vai sair com mais uns milhões na conta bancária, mas com sérios danos no prestígio. E recordar vitórias passadas não é a melhor maneira de lidar com um problema presente.
Arrepiante o áudio de um indivíduo da lista de Varandas, que estava apontado a um relevante cargo na estrutura do Sporting. Pessoas que falam e pensam assim podem chegar a dirigentes de instituições com a grandeza do Sporting? Interroguei-me. Mas logo recordei um vice-presidente recente, Pereira Cristóvão, para estabelecer que o pesadelo não começou com Bruno de Carvalho. E, pelo exemplo junto, pode não acabar a 8 de Setembro."
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