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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Diferenças de cima

"Para agradar aos clubes mais poderosos e das ligas mais ricas, a UEFA introduziu alterações ao modelo de distribuição de prémios na Liga dos Campeões, acrescentando um bónus com base nos resultados de cada um na última década. Tendo em conta que as quatro principais ligas – Espanha, Inglaterra, Alemanha e Itália – garantem sempre quatro equipas via campeonato na fase de grupos, percebe-se logo que os maiores beneficiados são aqueles que menos precisam.
Mas as consequências têm efeitos ainda maiores em campeonatos de segunda linha, como é o português. Graças ao tal ranking de 10 anos, o FC Porto já garantiu um extra superior a 44 milhões de euros, o Benfica tem hoje a possibilidade de somar quase 43 milhões. Estas verbas representam mais de um terço dos gastos de dragões e águias com o futebol profissional numa época normal. Com essa receita extraordinária, os crónicos primeiros do futebol português terão oportunidade de se distanciar ainda mais dos restantes clubes nacionais. Com consequências dramáticas para uma competição já se si desequilibradíssima.
Depois, torna-se um ciclo. Nos próximos quatro/cinco anos, Portugal dificilmente poderá pensar que voltará a ter três equipas na fase de grupos na Liga dos Campeões. O que quer dizer que o campeão (e talvez o segundo classificado) terá sempre uma vantagem grande sobre os restantes clubes, tendo mais fácil a tarefa de volta a ser campeão. É a lógica do capitalismo: dinheiro concentra dinheiro. E, a este nível, o futebol é um grande negócio."

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