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segunda-feira, 1 de maio de 2017

Chicotadas psicológicas à portuguesa

"Os números desta temporada revelam, sobretudo, uma tremenda falta de convicção dos dirigentes nas decisões que tomam.

Esta época, a nível doméstico, fica marcada pela overdose de chicotadas psicológicas da I Liga, onde foram atingidos números terceiro mundistas. No final da temporada far-se-á a contabilidade dos benefícios e prejuízos dos clubes perante as mudanças de treinador e por certo os números não serão o lisonjeiros para os dirigentes. De facto, como se não bastasse a falta de coragem para resolver os problemas estruturantes do futebol profissional, que estão nas mãos da Assembleia Geral da Liga, também se junta ao défice de boas decisões a falta de convicção que está na base de mudar de técnico por dá cá aquela palha. Se uma direcção acredita no que faz e nas decisões que toma, não pode ser tão volúvel quanto está época nos foi dado ver de norte a sul e passando pela Madeira, no que toca a treinadores. E com isto não estou a dizer que não há casos em que a melhor solução não seja mesmo a chicotada psicológica. Mas deve ser a excepção, e o que aconteceu este ano no futebol português foi que acabou por ser a regra. Com esta leveza com que se parte para o despedimento, aquilo que acontece é uma tremenda falta de estabilidade que não permite um harmonioso desenvolvimento dos projectos. Mas será que os clubes possuem projectos, ou entregam-se à casuística e seja o que Deus quiser? A FPF está a fazer um esforço no sentido de criar formação de dirigentes, no certeza de que o futebol no seu todo beneficiará se quem mandar, manda melhor. Porém, não seria mal pensado se adoptássemos algumas medidas já praticadas noutros países, nomeadamente aquela que impede os treinadores de trabalhar, por época, em mais do que um clube na mesma divisão; e outra ainda que obriga o clube que despede um treinador a pagar-lhe o contrato nesse momento, condição sine qua non para contratar um substituto. Há, como se vê, várias coisas que podem ser feitas, mas nenhuma será tão relevante quando seria uma nova mentalidade dos dirigentes. Porém, como estes, em muitos casos, são por natureza pouco convictos em relação às decisões que tomam e estão pressionados pelos adeptos, acabam por ceder à primeira ventania, sem que haja sequer uma tempestade.

PS - Um golo do português Ricardo Pereira colocou Leonardo Jardim mais perto do título francês. Solidariedade lusitana...

ÁS
Ricardinho
Eleito há três dias, pela quarta vez, melhor jogador do mundo de futsal, Ricardinho venceu ontem, pela segunda vez, a Champions da modalidade, a expensas do Sporting (7-0). Nove vezes campeão em Portugal, Japão e Espanha, o Mágico deixa um rasto de talento por onde passa. Tem lugar assegurado na história do futsal.

ÁS
Reinaldo Ventura
Aos 38 anos somou mais um título a um palmarés deveras impressionante, ao ajudar o Óquei Clube de Barcelos a vencer a edição 2016/17 da Taça CERS. A vitória dos minhotos em Viareggio (4-2) traduziu a hegemonia lusitana. Na Taça CERS o Óquei de Barcelos sucedeu ao Óquei de Barcelos, que tinha sucedido ao Sporting...

ÁS
Bas Dost / Jonas
Até ao lavar dos cestos é vindima e o matador holandês do Sporting continua na corrida pela Bota de Ouro, perseguindo Messi. Ontem, em Braga, mais um hat-trick da melhor aquisição leonina da temporada. Já Jonas, em hora de aflição encarnada, puxou das credenciais de craque e garantiu os três pontos.

Quim, com a leveza das Aves, anos não pesam
«Agora é tempo de festejar mas este feito tem tanto ou mais sabor, do que ser campeão pelo Benfica»
Quim, guarda-redes do Desportivo das Aves
Aos 41 anos junta mais uma linha a um currículo onde já constavam dois títulos nacionais pelo Benfica e ainda 32 internacionalizações AA: foi uma peça decisiva na subida do Desportivo das Aves ao escalão principal, assumindo com orgulho a proez do clube que defende. E, pelo que disse, estará a preparar-se para pendurar as luvas como keeper de I Divisão.

Renato Sanches
Quantos jogadores, aos 19 anos, podem gabar-se de terem sido campeões da Europa de futebol e ainda campeões em Portugal e na Alemanha? Renato Sanches, o Bulo da Musgueira, pode estar orgulhosos de tão significativo registo. Apesar de ainda não ter tido a afirmação plena no Bayern - Xabi Alonso, Arturo Vidal, Thiago Alcântara e Joshua Kimmich são os concorrentes directos - a verdade é que Renato já esteve, em provas oficiais, pela equipa de Munique, em 24 jogos, num total 815 minutos, o que mostra como Carlo Ancelotti está atento ao seu crescimento. Para já, parabéns ao novo campeão da Alemanha, no ano do primeiro penta do colossal Bayern, imperador da Baviera.

'KO' técnico visto por 90 mil Wembley
Foi em Wembley, a rebentar pelas costuras - 90 mil espectadores! - que o inglês Joshua Anthony derrotou, por 'KO' técnico, Klitschko, da Ucrânia, sagrando-se campeão mundial absoluto de pesos pesados. O combate terá movimentado, em direitos TV, apostas, bilheteira e 'prize money', mais de mil milhões de euros!"

José Manuel Delgado, in A Bola

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