"A matilha ataca sem tréguas. Atiram os cães de fila para a linha da frente e, entre latidos e rosnados, deixam para trás os que vão uivando com a cauda a abanar na esperança de que o dono atire um ossito à rafeirada.
A matilha não perdoa, ladra incessantemente, desde há duas semanas, porque, ao contrário do que tem sido habitual nas últimas décadas, não têm encontrado diligentes moços de fretes prontos a entregar a encomenda dourada em tom de apito. Uivam com saudades dos que se vendiam em prostíbulos em troca de fruta para dormir ou conselhos matrimoniais.
A matilha não descansa e dá voz, na comunicação social, a rafeiros, rafeirotes e bicheza afim para enviar avisos velados e ameaças deslavadas aos próximos nomeados para arbitrar os jogos do Glorioso. Alguma rafeirada, mais refinada, esconde-se por baixo de uma aparente, e constantemente desmascarada, ideia de “independência” e “imparcialidade”, para lançar a suspeita cobarde e nojenta com a mesma desfaçatez com que cobardemente ajudaram, e ajudam, a encobrir três décadas de crimes de dourados apitos e bem menos douradas agressões chantagens e ameaças. Normalmente, esta frente da matilha tem direito a tempo de antena semanal sem direito a outro contraditório que não seja a sua própria contradição. Só espero sinceramente que os dirigentes do nosso clube não voltem a cometer o erro de dar direito a entrevistas exclusivas dos profissionais do nosso clube a alguns destes cães de fila.
Quanto aos hipócritas que falam em nome de uma verdade desportiva que conspurcam há três décadas só há um tratamento a dar: deixá-los ladrar enquanto a caravana passa em busca do 33º título de campeão."
Pedro F. Ferreira, in O Benfica
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