"O SL Benfica acaba de se classificar para a final da Liga Europa. Antes já se tinha apurado para a final da Taça de Portugal. E neste momento segue como líder isolado e sem qualquer derrota no campeonato. Isto são factos. E contra factos não há desculpas. Um desempenho deste quilate pode assentar em múltiplas bases e diversos fundamentos. Mas uma coisa é certamente verdadeira; sem mérito próprio jamais seria possível. Nem a sorte íntima ou o azar alheio, nem postes ou traves, nem calendários ou sorteios, nem chuva ou sol, podem explicar um percurso quase imaculado, verdadeiramente sem qualquer falha grave.
E isto numa época que se afigurava assaz difícil, depois de mais outra de insucessos, nomeadamente porque a equipa se viu de repente privada de dois jogadores até aí detentores de uma importância não apenas relevante mas de facto tão nuclear quanto evidente: Javi Garcia e Witsel. Ora, a verdade é que sucedeu que não só foram bem substituídos como se regressassem hoje de certeza que sentiriam muitas dificuldades em recuperar o posto que antes lhe pertencia. A isto acresce sobremaneira a circunstância de o clube não ter precisado de realizar novos investimentos adicionais para colmatar tais brechas, uma vez que as soluções foram encontradas em casa: Matic, com uma época notável, e Enzo Pérez, o símbolo maior das mais improváveis das adaptações. A cereja no topo do bolo foi a categórica revelação de dois atletas de elevado potencial: André Gomes e André Almeida., este último utilizado como médio mas também nas duas laterais – e sempre de modo convincente. Como se não bastasse, já a corrida tinha recomeçado quando desferiu contra o seu rival um tiro de surpresa e que se viria a revelar decisivo – a contratação de Lima.
Por tudo isto, vénia ao SLB."
Paulo Teixeira Pinto, in A Bola
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