"Alguém da FIFA(?) terá dito a alguém da Lusa, que a Taça Latina não era uma competição oficial. Logo houve quem entrasse em histeria, vitoriando o FC Porto como o clube português com mais troféus conquistados. O tema não é do meu particular interesse - o Benfica nunca viveu, nem viverá, em função dos títulos de outrem. Mas como não gosto de mistificações, tenho de dizer o seguinte:
-É discutível considerar-se, nesta contabilidade, a Supertaça, que é pouco mais do que um jogo de pré-temporada, que durante anos não tinha a chancela oficial, servia para rodar suplentes, e chegou a estar, várias vezes, à beira da extinção.
-A Taça Latina pode até nem ter sido uma competição oficial (não havia, na altura, competições oficiais a nível internacional), mas foi indiscutivelmente a antecessora da Taça dos Campeões Europeus. As primeiras onze edições desta prova foram ganhas por equipas latinas, e, em todas elas, só por duas vezes o finalista vencido não foi igualmente latino. Ou seja, na década de cinquenta, ser campeão latino era, objectivamente, ser campeão europeu.
-A vitória do Benfica na Taça Latina foi o primeiro triunfo internacional da história do futebol português, tanto a nível de clubes, como de selecções. Como tal, foi amplamente festejada, quer por benfiquistas, quer por muitos outros portugueses, orgulhosos de quem ali os representava.
-O quadro de vencedores da Taça Latina fala por si. Se descontarmos o Stade Reims (na altura uma potência, e duas vezes vice-campeão europeu), restam Real Madrid, AC Milan, Barcelona e... Benfica.
-A Toyota Cup também nunca foi reconhecida pela FIFA. Envolveu equipas que não tinham sido campeãs da Europa (Atlético de Madrid, Panathinaikos e Malmo), pois os campeões desses anos não mostravam interesse em participar. Teve hiatos (1975 e 1978), por não haver qualquer clube (nem campeões, nem finalistas) a querer disputá-la. Foi, aliás, o patrocínio da marca japonesa que retardou a sua extinção - que ocorreu em 2006."
Luís Fialho, in O Benfica
-É discutível considerar-se, nesta contabilidade, a Supertaça, que é pouco mais do que um jogo de pré-temporada, que durante anos não tinha a chancela oficial, servia para rodar suplentes, e chegou a estar, várias vezes, à beira da extinção.
-A Taça Latina pode até nem ter sido uma competição oficial (não havia, na altura, competições oficiais a nível internacional), mas foi indiscutivelmente a antecessora da Taça dos Campeões Europeus. As primeiras onze edições desta prova foram ganhas por equipas latinas, e, em todas elas, só por duas vezes o finalista vencido não foi igualmente latino. Ou seja, na década de cinquenta, ser campeão latino era, objectivamente, ser campeão europeu.
-A vitória do Benfica na Taça Latina foi o primeiro triunfo internacional da história do futebol português, tanto a nível de clubes, como de selecções. Como tal, foi amplamente festejada, quer por benfiquistas, quer por muitos outros portugueses, orgulhosos de quem ali os representava.
-O quadro de vencedores da Taça Latina fala por si. Se descontarmos o Stade Reims (na altura uma potência, e duas vezes vice-campeão europeu), restam Real Madrid, AC Milan, Barcelona e... Benfica.
-A Toyota Cup também nunca foi reconhecida pela FIFA. Envolveu equipas que não tinham sido campeãs da Europa (Atlético de Madrid, Panathinaikos e Malmo), pois os campeões desses anos não mostravam interesse em participar. Teve hiatos (1975 e 1978), por não haver qualquer clube (nem campeões, nem finalistas) a querer disputá-la. Foi, aliás, o patrocínio da marca japonesa que retardou a sua extinção - que ocorreu em 2006."
Luís Fialho, in O Benfica
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