"Escrevi nesta coluna há poucas semanas, a propósito do tempo útil de jogo que «uns querem que o cronómetro ande rápido, outros vão vendo o tempo passar sem poderem pará-lo». Aqui está um tema interessante, o controlo do «tempo de jogo». De facto, não só nas competições nacionais, como também nas europeias, temos exemplos significativos sobre esta problemática. Não se pense que são só as equipas de menor dimensão que queimam tempo. Todas o fazem, depende do momento do jogo. Ou para pôr gelo na intensidade, ou para que o cronómetro ande mais rápido. O tempo de jogo é dispar entre jogos de uma mesma competição, com diferenças por vezes significativas. Uns com tempo útil entre os 55 e 60 minutos, outros que apenas têm 50 ou menos minutos de jogo efectivo. Estas diferenças devem obrigar-nos a pensar que o equilíbrio da própria competição está em causa, no sentido em que há concorrentes que têm mais tempo de jogo do que outros. uma realidade que não é exclusiva das competições internas, porque nas provas internacionais também se verificam situações semelhantes, sendo contudo de realçar que o tempo útil em competições internacionais é superior ao das nossas competições. Por outro lado, as equipas de arbitragem, em especial o árbitro principal, têm preocupação com o tempo de compensação que em muitos casos é um problema. A isso associa-se a ansiedade dos jogadores, e também de todo a staff. O controlo do tempo deve ser feito pela equipa, mas com a bola em jogo. Todos queremos um jogo de maior qualidade, que não passa só por isto mas também por melhorar a gestão do tempo útil de jogo. Claro que também as equipas jogarem ou treinarem em pisos diferentes merece a atenção de todos nós, como o número de substituições, a calendarização das competições, as diferenças orçamentais e muitas outras questões. É importante que a discussão seja feita e que valorizemos o que melhorar a qualidade do jogo e da competição."
José Couceiro, in A Bola
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