"A FIFA está preocupada com os montantes pagos pelas transferências e está a pensar criar uma taxa de luxo sempre que o valor pago for superior ao que realmente vale o jogador, cujo preço será definido por um algoritmo que vai cruzar critérios estatísticos, desportivos e históricos. É uma proposta de sucesso duvidoso porque, como tantas vezes na politica, ataca-se um problema a jusante. Não acredito que criar uma taxa Robles iria afastar aqueles que gastam €100 milhões num jogador. À excepção da Juventus e a contratação de Ronaldo, quem pode depender verbas desse calibre não vê o futebol numa lógica empresarial. Magnatas de latitudes exóticas ou fundos estatais de países pouco amigos da democracia usam o futebol como alavanca social ou geoestratégica, onde o prejuízo é diluído com uma injecção de capital imediata. Se a FIFA (e já agora a UEFA) querem mesmo punir quem não tem fair play financeiro, a melhor solução seria entrar numa Champions com pontos negativos. A ideia nem é nova: é de José Mourinho.
- Qualidade no Algarve
Ver Nakajima ou Jackson Martinez no Portimonense é recuar ao pré-Bosman quando havia muitos craques no nosso campeonato além dos grandes. Tratem-nos bem: são espécies raras.
- Assistências nos Açores
O Santa Clara tem média de quase 4000 espectadores/jogo. Não é brilhante, mas positivo no quadro nacional. O que também diz muito da liga portuguesa. Dá que pensar.
- Prémios FIFA
As ausências de CR7 e Messi no The Best confirmaram que o prestígio destes prémios já teve melhores dias. Nada contra Modric ser o melhor, mas CR7 não ganhar o prémio Puskas é para rir."
Fernando Urbano, in A Bola
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