"Cerca de cinco centenas de adeptos assumiram a coragem de um protesto baseado na ideia segundo a qual deixou de haver condições para que a situação vigente se mantenha.
Em mais um capítulo do já longo folhetim protagonizado por um grupo de dirigentes do Sporting Clube de Portugal, com o seu presidente na vanguarda, ficou a sensação de que o percurso de Bruno de Carvalho está rapidamente a atingir o limite.
Quando, até aqui, permaneceu a ideia de que os seus opositores não ousavam dar a cara ao descontentamento que os invadia há muito tempo, eis que, junto às instalações de Alvalade, cerca de cinco centenas de adeptos assumiram a coragem de um protesto baseado na ideia segundo a qual deixou de haver condições para que a situação vigente se mantenha.
Poucos minutos antes, um dos seus, até há pouco, mais fervorosos apoiantes, o distinto médico, Dr. Eduardo Barroso, deixara no canal SIC um apelo lancinante para que o líder leonino, e seus pares, abandonem os cargos a que se têm mantido agarrados por razões que, segundo alguns, vão muito para além da defesa dos superiores interesses do Sporting.
O primeiro dia desta semana deixou assim bem à vista o fim de uma linha já muito ténue há demasiado tempo.
Fica agora por saber quais serão os próximos capítulos do tal folhetim.
O espaço de Bruno de Carvalho está agora reduzido à expressão mais simples.
Às rescisões de dois jogadores do plantel leonino, e do mais que provável abandono de Jorge Jesus, junta-se a ausência de preparativos, a todos os níveis, para a próxima temporada o que pressagia um futuro complicado se, entretanto, a situação na se alterar a curto prazo.
Cabe aos sportinguistas decidir o que pretendem para o seu clube.
Por isso, a hora é de acção e não de contemplação. E ontem foi dado o sinal mais claro nesse sentido nos tempos mais recentes."
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