"Ao relatar, nos últimos meses, a crise do Sporting, a comunicação social pecou. Por defeito. Basta ler as cartas de Patrício e Podence.
Nas cartas com os pedidos de rescisão de Rui Patrício e Daniel Podence é contada de forma pormenorizada a história recente do Sporting, particularmente no que concerne à relação entre Bruno de Carvalho, o plantel e o treinador.
Quantas vezes ouvimos, nos últimos meses, a propósito de notícias publicadas por nós e pelos outros jornais, desmentidos veementes e acusações de desestabilização, vindos de Alvalade? Quantas vezes foi imputada à comunicação social a culpa da agitação que envolvia os leões, dizendo-se, inclusivamente, que as mentiras propagadas visavam apenas beneficiar a concorrência do outro lado da Segunda Circular? Afinal, perante aquilo que agora se sabe, a única coisa de que jornais, rádios, televisões e sites podem ser acusados é de terem pecado por defeito, porque aquilo que foram sabendo e revelando ficou muito aquém da realidade.
Aqui chegados, perante a magnitude da crise e as consequências catastróficas que são facilmente antecipáveis (a CMVM, ao que tudo indica, não vai dar luz verde ao empréstimo obrigacionista de 15 milhões enquanto a situação do Sporting não conhecer clarificação...), seria de esperar algum bom sendo por parte de quem devia zelar pelos superiores interesses do Sporting. Porém, aquilo a que se assiste é uma escalada da agressão psicológica sobre o futebol verde e branco, que teve no esquecimento de Bruno de Carvalho da vitória na Taça da Liga, ao elencar os sucessos desportivos do clube na presente temporada, o mais recente episódio.
Neste momento, o Sporting está refém de sete dirigentes, que à revelia da lei e ao arrepio dos estatutos, querem tomar conta do clube. O despedimento da Mesa da Assembleia Geral, será, inevitavelmente, revertido pelos tribunais, só não se sabe exactamente quanto tempo demorará o processo. E uma coisa é certa: o tempo corre contra o Sporting, até para além da preparação da próxima época desportiva; e a radicalização de posições em curso tornará mais difícil sarar as feridas desta verdadeira guerra civil. Bruno de Carvalho, que para a esmagadora maioria dos sportinguistas foi, um dia, do maior problema que o clube enfrentará desde a fundação, em 1906. Porque está a pôr em perigo o futuro da instituição.
(...)
Ás
Fernando Santos
Em Bruxelas viu-se uma Selecção Nacional que se mostrou à altura do símbolo de campeã da Europa que os jogadores ostentam na camisola. Fernando Santos precedeu a alguns acertos importantes, faltando ainda a piéce de résistence: criar o melhor enquadramento para que Cristiano Ronaldo possa soltar o génio...
Ás
Miguel Oliveira
Ninguém, no mundo das duas rodas motorizadas, questiona o talento do piloto de Almada, que depois de uma carreira no Moto 3, está a afirmar uma veia ganhadora no Moto 2 que justifica plenamente que já tenha sido chamado ao MotoGP. A última volta, electrizante, que lhe deu a vitória em Itália, foi obra de autor.
Daqui não saio, daqui ninguém me tira...
«Nunca representarei mais ninguém na vida, agora retirem as vossas conclusões...»
Bruno de Carvalho, presidente do Sporting
Da carta de Rui Patrício consta uma afirmação de Bruno de Carvalho, proferida após o jogo caseiro do Sporting com o Paços de Ferreira, que ajuda bastante a explicar o estado de espírito do presidente leonino. Estamos - e é o próprio que o reconhece - perante alguém disposto a agarrar-se ao lugar que ocupa de todas as maneiras e feitios, sem tempo, sem modo, sem limite.
Jorge Jesus, até já
É preciso recuar ao milénio passado para tirar Jorge Jesus da equação do Campeonato Nacional. Perante o iminente adeus às armas do treinador ao Sporting, fica, desde já, em antecipação, um vazio por preencher, feito de muita sabedoria futebolística, alguma atracção pela polémica e uns quantos pontapés na gramática, tudo ingredientes do charme de Jesus. Uma coisa parece certa, não será fácil para nenhum treinador ocupar o lugar que tem sido de JJ nos últimos três anos. É uma pesada herança, num clube à beira de um ataque de nervos.
Castres, ou o sonho que comanda a vida
O Castres, décimo primeiro orçamento no top-14, o melhor campeonato de râguebi do hemisfério Norte, sagrou-se campeão de França ao bater, em Paris, o Montpellier, onde joga o português Julien Bardy. No hexágono, a oval continua em grande. Infelizmente, por cá é o que se sabe. Até quando?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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